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Rússia diz que seria 'loucura' Ocidente fornecer armas nucleares à Ucrânia

Placeholder - loading - Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante entevista coletiva em Moscou 18/01/2024 REUTERS/Maxim Shemetov
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante entevista coletiva em Moscou 18/01/2024 REUTERS/Maxim Shemetov

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MOSCOU (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta quarta-feira que a ideia que está sendo divulgada no Ocidente de que os Estados Unidos daria armas nucleares para a Ucrânia é 'loucura' e que evitar tal cenário é uma das razões pelas quais Moscou entrou na Ucrânia.

O New York Times informou na semana passada que algumas autoridades ocidentais não identificadas haviam sugerido que o presidente dos EUA, Joe Biden, poderia dar armas nucleares à Ucrânia antes de deixar o cargo.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que é do interesse de todos os governos responsáveis garantir que tal cenário, que ela chamou de 'suicida', não aconteça.

'Consideramos isso uma loucura', disse Zakharova aos repórteres quando questionada sobre o assunto.

'Trata-se de uma insanidade absoluta que está sendo imposta a uma certa parte do establishment político da Ucrânia pelos ocidentais.'

Ela acusou Kiev de usar a questão, que ela descreveu como propaganda, para tentar obter mais ajuda do Ocidente.

As 'ações irresponsáveis' da Ucrânia e de seus apoiadores ocidentais poderiam levar o mundo 'à beira da catástrofe', advertiu ela.

O Kremlin disse na terça-feira que a discussão no Ocidente sobre armar a Ucrânia com armas nucleares é 'absolutamente irresponsável', enquanto Dmitry Medvedev, autoridade graduada de segurança da Rússia, alertou que Moscou pode considerar tal transferência como equivalente a um ataque à Rússia, fornecendo bases para uma resposta nuclear.

A Ucrânia herdou armas nucleares da União Soviética após o colapso soviético em 1991, mas abriu mão delas em um acordo de 1994, o Memorando de Budapeste, em troca de garantias de segurança da Rússia, dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, reclamou várias vezes que a mudança deixou seu país sem segurança, o que é um dos motivos pelos quais ele argumenta que o país deve ser admitido na aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), algo a que Moscou se opõe.

(Reportagem de Dmitry Antonov)

Escrito por Reuters

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