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Rússia está aberta a negociação de paz com Ucrânia se Trump a iniciar, diz enviado russo na ONU

Placeholder - loading - Embaixador russo na ONU Gennady Gatilov em Genebra  26/3/2024   REUTERS/Denis Balibouse
Embaixador russo na ONU Gennady Gatilov em Genebra 26/3/2024 REUTERS/Denis Balibouse

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GENEBRA (Reuters) - A Rússia está aberta a negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia, se iniciadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mas qualquer conversa precisa ser baseada nas realidades dos avanços russos, disse o embaixador de Moscou na ONU em Genebra a repórteres na quinta-feira.

Trump tem criticado repetidamente a escala da ajuda ocidental a Kiev e prometeu encerrar o conflito rapidamente, sem explicar como. Sua vitória na eleição presidencial de 5 de novembro gerou preocupações em Kiev e em outras capitais europeias sobre o grau de comprometimento futuro dos EUA em ajudar a Ucrânia.

'Trump prometeu resolver a crise ucraniana da noite para o dia. OK, vamos ser realistas - é claro que entendemos que isso nunca acontecerá', disse Gennady Gatilov, embaixador da Rússia nas Nações Unidas em Genebra. 'Mas se ele começar ou sugerir algo para iniciar o processo político, será bem-vindo.'

Ele acrescentou que qualquer negociação desse tipo precisa se basear no que ele chamou de 'realidades locais', descrevendo a Ucrânia como estando em desvantagem no conflito de mais de dois anos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou repetidamente que a paz não pode ser estabelecida até que todas as forças russas sejam expulsas e todo o território capturado por Moscou, incluindo a Crimeia, seja devolvido. O 'plano de vitória' que ele delineou no mês passado manteve essa disposição, bem como um convite para que a Ucrânia se junte à Otan, há muito criticado pela Rússia.

Zelenskiy disse aos líderes europeus em Budapeste na semana passada que concessões à Rússia seriam 'inaceitáveis para a Ucrânia e suicidas para toda a Europa'.

Gatilov indicou que a eleição de Trump representa uma nova possibilidade de diálogo com os Estados Unidos, mas uma redefinição mais ampla das relações é improvável.

'Independentemente das mudanças políticas internas, (Washington) busca consistentemente conter Moscou ... a mudança de administração pouco altera isso', disse ele.

'A única mudança (que) pode ser possível é o diálogo entre nossos países, algo que tem faltado nos últimos anos', acrescentou.

(Reportagem de Emma Farge)

Escrito por Reuters

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