Rússia promete retaliação por decisão da Moldávia de aderir às sanções da UE

MOSCOU (Reuters) - A Rússia vê a decisão da Moldávia de aderir às sanções da União Europeia contra o país como um passo hostil com o objetivo de destruir os laços com Moscou, e irá retaliar, disse o Ministério das Relações Exteriores russo nesta sexta-feira.

A declaração russa foi emitida em resposta a uma votação no Parlamento da Moldávia concordando em aderir às sanções como parte das medidas para alterar a sua legislação conforme necessário para a sua candidatura à adesão à União Europeia.

'Consideramos isto como mais um passo hostil da liderança moldava, que está totalmente integrada na campanha anti-Rússia do 'Ocidente coletivo'', afirmou o ministério russo em um comunicado.

'O seu objetivo é a destruição completa das relações entre a Rússia e a Moldávia, que, por culpa das autoridades de Chisinau, já se encontram em estado muito deplorável.'

Moscou irá retaliar, afirmou o ministério.

Os 62 deputados do Partido Ação e Solidariedade, da presidente moldava, Maia Sandu, apoiaram a legislação, garantindo a sua aprovação na Assembleia na capital Chisinau.

Entre as suas disposições estão regulamentos relativos a ações a serem tomadas contra indivíduos e instituições sujeitos a sanções impostas à Rússia em conexão com a invasão da Ucrânia pelo Kremlin em fevereiro de 2022. A legislação também tem o objetivo de proteger contra a influência indevida de magnatas empresariais ou “oligarcas”.

(Reportagem da Reuters; reportagem adicional de Alexander Tanas em Chisinau)