Sanções da UE visam gás russo pela primeira vez, afirmam diplomatas
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Por Julia Payne
BRUXELAS (Reuters) - Os países da União Europeia concordaram com um 14º pacote de sanções contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, disseram diplomatas nesta quinta-feira, incluindo suas primeiras restrições ao gás russo.
O pacote proíbe a reexportação de gás natural liquefeito (GNL) russo em águas da UE, mas não chega a proibir as importações, como o bloco fez em 2022 para o petróleo marítimo russo. Alguns países da UE ainda importam gás de gasoduto da Rússia via Ucrânia.
No entanto, especialistas do mercado de gás dizem que a medida terá pouco impacto, já que os transbordos de gás via portos da UE para a Ásia representam apenas cerca de 10% do total das exportações russas de GNL.
O pacote também sanciona três projetos russos de GNL e inclui uma cláusula destinada a permitir que a Suécia e a Finlândia cancelem os contratos russos de GNL, segundo diplomatas.
A Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE até 1º de julho, disse na plataforma de mídia social X que o pacote 'maximiza o impacto das sanções existentes ao fechar brechas'.
'Esse pacote contundente impedirá ainda mais o acesso da Rússia às principais tecnologias. Ele privará a Rússia de mais receitas de energia. E combaterá a frota e a rede de bancos paralelos de Putin no exterior', disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no X.
Os países debateram as novas medidas por mais de um mês e, por fim, diluíram uma das propostas da Comissão, que visava evitar ainda mais evasões, a pedido da Alemanha.
A medida abandonada teria forçado as subsidiárias de empresas da UE em países terceiros a proibir contratualmente a reexportação de seus produtos para a Rússia. A UE está empenhada em interromper o fluxo de tecnologia de uso duplo, como chips de máquinas de lavar roupa que poderiam ser usados pela Rússia para fins militares.
Um diplomata da UE disse que a Alemanha havia solicitado uma avaliação de impacto e que a medida poderia ser incluída em uma data posterior.
Escrito por Reuters
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