São Paulo confirma primeira morte por coronavírus no Brasil
Paciente tinha 62 anos e já tinha complicações de saúde
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A Secretária de Saúde do estado de São Paulo registrou hoje (17) a primeira morte pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). O enfermo tinha 62 anos e estava internado em um hospital particular com histórico de outras doenças, como diabetes, hipertensão e hiperplasia prostática (Que é um aumento da próstata comum entre homens mais velhos). A informação foi divulgada pelo governo do estado, mas os locais por onde o senhor passou, ou onde morava, não foram divulgados.
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, já havia decretado situação de emergência na cidade hoje mais cedo, onde diversas medidas foram tomadas para combater a proliferação em massa do vírus, porém, a velocidade em que a infecção se espalharia já havia sido projetada por diversos especialistas quando os números estavam na casa da dezena – hoje foram confirmados 152 casos na capital paulista. A situação emergencial que o prefeito decretou vai contra os conselhos da área jurídica, mas desde segunda-feira (16), Covas já estava decidido.
O governo inclusive prevê que a duração do surto no estado dure de quatro a cinco meses, mas ainda não foi confirmado se as medidas emergenciais serão aplicadas durante todo esse período. Com mais de 1700 casos suspeitos apenas no estado, a palavra do governo vai de encontro com as solicitações da OMS, como esvaziar as ruas, decretar home office para trabalhadores e suspensão das aulas escolares e ensino superior. Inclusive, as escolas fecharão as portas por tempo indeterminado diante do surto.
A pandemia atingiu inclusive apresentações internacionais que aconteceriam no país nos próximos meses, como o Lollapalooza Brasil, que foi adiado para o fim do ano devido a infecção. O governo federal anunciou um pacote emergencial de 147 bilhões de reais para contornar os efeitos do vírus na economia, já que a cada dia, a Bovespa fecha em quedas cada vez maiores.
A falta de observação do Ministério da Saúde sob alguns estados deixa o balanço oficial desatualizado, confundindo ainda mais a população. A forma como governo federal está vendo a pandemia vai contra as medidas da OMS, diferentemente dos estados, uma das medidas inclusive foi criticada por um grupo de estudos de Oxford, que declarou que se o presidente Jair Bolsonaro continuar fazendo “pouco caso” do Covid-19, o Brasil pode enfrentar uma crise pior que a Itália.
Segundo especialistas, esse é o momento de escolher ficar em casa, se resguardar de qualquer atividade que o exponha para um grupo, e principalmente, criar o costume de se higienizar. O Secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann, e o Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, David Uip, farão hoje mesmo uma coletiva de imprensa atualizando informações sobre o primeiro óbito da doença e quais as atitudes tomadas para que não ocorram outras fatalidades.
As formas de se proteger do contágio do coronavírus, além do uso de máscaras, são: Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com sabão ou álcool em gel, evitar tocar mucosas dos olhos, nariz e boca, manter o ambiente regularmente limpo e ventilado. Os sintomas do Covid-19 são: Febre, dificuldade de respirar, tosse, e em casos mais graves aparece a síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal. Apesar da alta taxa de contaminação, o vírus só causou grande parte das fatalidades em pessoas com idade avançada e/ou baixa imunidade. Os casos no Brasil atualmente são 301 confirmados para 2064 pacientes com suspeita.
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