Sirenes de ataque aéreo soam em Kiev durante visita de líderes europeus
Publicada em
Por Tom Balmforth e Dan Peleschuk
KIEV (Reuters) - Alertas de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia nesta sexta-feira, quando o presidente Volodymyr Zelenskiy recebeu líderes da União Europeia para discutir novas sanções à Rússia e as perspectivas da Ucrânia de ingressar no bloco europeu.
A chefe da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu viajaram a Kiev para demonstrar apoio à Ucrânia perto do primeiro aniversário da invasão pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
'Não haverá trégua em nossa determinação. Também iremos apoiá-los em cada passo de sua jornada para a UE', escreveu o presidente do Conselho da UE, Charles Michel, no Twitter na manhã de sexta-feira com uma foto sua em uma praça central de Kiev.
Não houve relatos imediatos de novos ataques de mísseis após o alerta de ataque aéreo.
Zelenskiy está pedindo mais medidas punitivas contra a Rússia por parte da União Europeia, embora as novas sanções que o bloco está preparando para o aniversário devam ficar aquém das exigências de seu governo.
Kiev se inscreveu para ingressar no bloco dias após a invasão da Rússia no ano passado. A UE abraçou o pedido, apesar de ter rejeitado os apelos da Ucrânia para um caminho rápido para adesão enquanto o país está em guerra.
'A UE apoiará a Ucrânia e o povo ucraniano contra a guerra de agressão em andamento da Rússia pelo tempo que for necessário', dirão Michel, Zelenskiy e a chefe da comissão executiva da UE, Ursula von der Leyen, em declaração conjunta, cujo rascunho foi visto pela Reuters.
Autoridades da UE listaram vários requisitos de entrada, desde estabilidade política e econômica até a adoção de várias leis da UE. O processo provavelmente levará anos.
'Alguns podem querer especular sobre o fim do jogo, mas a simples verdade é que ainda não chegamos lá', disse uma autoridade da UE.
Autoridades da UE disseram que os assuntos discutidos na quinta-feira incluíam mais armas, dinheiro e apoio energético para a Ucrânia, melhor acesso para seus produtos no mercado da UE, sanções mais rígidas contra Moscou e esforços para processar crimes de guerra russos.
A UE proibirá produtos petrolíferos refinados russos a partir de domingo, e os enviados da UE em Bruxelas na sexta-feira pretendem concordar em limitar os preços dos produtos em todo o mundo quando seguradoras e companhias marítimas ocidentais estiverem envolvidas, para limitar a capacidade de Moscou de financiar a guerra. Um teto de preço semelhante para o petróleo bruto entrou em vigor em dezembro.
O Kremlin disse que a proibição desequilibraria os mercados globais de energia, mas que Moscou estava agindo para mitigar seu impacto.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO