Sobrevivente do Holocausto morre por bombardeio na cidade ucraniana de Kharkiv
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Por Lidia Kelly
(Reuters) - Ele sobreviveu ao campo de concentração nazista de Buchenwald durante a Segunda Guerra Mundial. Ele sobreviveu ao campo de concentração Dora-Mittelbau na mesma guerra. E ao campo de Bergen-Belsen.
Na semana passada, Boris Romanchenko, um sobrevivente do Holocausto de 96 anos, foi morto quando um bombardeio atingiu seu apartamento na cidade ucraniana de Kharkiv, devastada pela guerra.
'É com horror que relatamos a morte violenta de Boris Romanchenko na guerra na Ucrânia', disse o memorial para os sobreviventes de Buchenwald na segunda-feira, em um comunicado.
O prédio de apartamentos de vários andares onde Romanchenko morava foi bombardeado e pegou fogo, segundo o comunicado.
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, está sob fogo pesado da artilharia russa durante a invasão, que o presidente russo, Vladimir Putin, chama de 'operação militar especial' necessária para desarmar e 'desnazificar' sua vizinha.
'Por favor, pense em quantas coisas ele passou', disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, na noite de segunda-feira.
'Mas [ele] foi morto por um ataque russo, que atingiu um prédio comum de vários andares em Kharkiv. A cada dia dessa guerra fica mais óbvio o que a desnazificação significa para eles.'
Romanchenko nasceu em 20 de janeiro de 1926, em Bondari, perto da cidade de Sumy, segundo a nota do memorial de Buchenwald.
Ele foi deportado para Dortmund em 1942, onde teve que fazer trabalhos forçados de mineração. Após uma tentativa de fuga sem sucesso, ele foi enviado para o campo de concentração de Buchenwald em 1943, onde mais de 53.000 pessoas foram mortas durante a Segunda Guerra Mundial.
Ele foi então enviado para Peenemünde, na ilha de Usedom, no Mar Báltico, onde atuou como trabalhador forçado no programa de foguetes V2, no campo de concentração de Dora-Mittelbau e no campo de concentração de Bergen-Belsen, segundo o comunicado.
(Reportagem adicional de Ron Popeski e Oleksandr Kozhukhar)
Escrito por Reuters
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