NOTÍCIAS SOBRE cadeira de rodas

Pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, segundo o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010. Esse número, que representa quase 25% da população, inclui pessoas com deficiências visual, auditiva, mental ou motora. Apesar disso, quando ficou paraplégica após sofrer um acidente de carro, em 2007, a mesa-tenista Catia Oliveira não tinha nenhuma referência de pessoa com deficiência em Cerqueira César, sua cidade natal, localizada no interior de São Paulo.

“Parecia que eu me tornava a única pessoa com alguma deficiência no meio daqueles quase 20 mil habitantes”, relembra a paratleta brasileira, apontada pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITFF) como uma das principais apostas para a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de 2021. Para ela, à época aos 16 anos de idade, a falta de referências foi um dos motivos que a levou a adiar o uso da cadeira de rodas – adotada somente meses mais tarde, depois que a jovem entrou em contato com outros deficientes físicos em um hospital local de reabilitação.

Não é surpresa alguma entrar em um banheiro e encontrar uma cabine especial para cadeirantes. É comum passar reto por ela e seguir as obrigações do dia a dia, como se não fosse grande coisa. Afinal, a lei demanda a existência de ao menos uma cabine para cadeirantes nos banheiros de todos os locais públicos. É realmente algo natural para a grande maioria do público. A não ser que o cadeirante seja você.
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Infelizmente, fica claro que nem sempre as leis são cumpridas nestes estabelecimentos. E atividades um tanto quanto comuns para uma boa parte da sociedade. Novamente, não se você for o cadeirante em questão. Só no Brasil, se estima cerca que sejam mais de 24 milhões as pessoas com algum tipo de deficiência, tendo em mente que a grande maioria precisa do auxílio de uma cadeira de rodas.

Um estudo mostra que 63% dos cadeirantes precisam de ajuda para se locomover, enquanto 55% não encontram um banheiro acessível quando precisam. Além disso, 41% precisa, diariamente, aguardar por vários ônibus até que um pare para eles. Acha que está ruim? Pois fica pior! Cerca de 23% deles já foram impedidos de entrar no transporte público.

A situação fica ainda mais preocupante quando (não tão) pequenos detalhes são lembrados: O número de calçadas esburacadas e rampas danificadas que parece apenas aumentar. Sem contar as inúmeras estações de metrôs sem rampas ou elevadores, o que impossibilita qualquer tipo de locomoção de cadeirantes no local.

O Brasil ainda não se classifica como um país adaptado para este tipo de público e não é difícil entender os tantos motivos. Para mudar isso, é preciso que o governo esteja sempre de olho na situação que estes pontos se encontram. Caso contrário, em breve cadeirantes mal poderão sair de suas casas.

A agência Wheel World, sediada na Califórnia, começou a oferecer roteiros de viagens a turistas que andam de cadeira de rodas. A empresa criou alternativas de passeios para este público em países como o Peru.Machu Pichu é um dos destinos mais procurados pelos turistas sul-americanos. Localizada no topo de uma montanha, costuma ser de difícil acesso para cadeirantes. Mas a proposta da agência é que todos possam conhecer as belezas do local, oferecendo uma visita totalmente guiada, em inglês e espanhol.A empresa cobra um preço inicial de 900 dólares, com pacotes permitem viagens solitárias ou com acompanhantes. No valor, estão incluídos o preço do transporte adaptado entre os locais e todo o equipamento necessário para o acesso do visitante.Um dos fundadores da empresa, Camilo Navarro, afirmou que ser “acessível é ser inclusivo” em entrevista à rede americana CNN. “Existem um bilhão de pessoas com deficiências no mundo. Mas não havia uma empresa de viagens dedicada só a essas pessoas”, disse.Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!

Na semana passada, a startup brasileira Hoo.Box trouxe para a Campus Party 2017 uma cadeira de rodas motorizada capaz de ser controlada por meio de expressões faciais. O projeto teve origem durante pesquisas de alunos de pós-doutorado da Unicamp, em maio do ano passado.A cadeira de rodas é acionada apenas com movimentos da face, o que ajuda pessoas que se encontram em situação de tetraplegia – perda total dos movimentos dos braços e pernas.Paulo Pinheiros, CEO da startup, explicou que o sistema funciona através de um kit batizado de Wheelie 7. O programa é capaz de identificar as expressões faciais e transformá-las em impulsos elétricos para o movimento da cadeira. Paulo ressaltou que o sistema pode, inclusive, ser instalado em cadeiras de rodas comuns.O projeto, que por enquanto é um protótipo, recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e já possui unidades no mercado devido à alta demanda que a empresa recebeu. Cada kit custa 3 mil dólares – aproximadamente 9 mil e 300 reais.Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!