TBT: A Turnê que provou que Paul McCartney Era Mais do que um Beatle
Reviva a magia da "Wings Over America", o retorno do cantor aos Estados Unidos
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Em maio de 1976, Paul McCartney voltou aos palcos dos Estados Unidos! Pela primeira vez desde o verão de 1966 com os Beatles, o astro do rock marcou este retorno com a histórica turnê "Wings Over America". Essa série de shows não apenas reavivou o entusiasmo pela música de McCartney e produziu o aclamado álbum triplo, mas também estabeleceu o Wings como um gigante na indústria musical, independente de suas raízes beatlemaníacas.
Tudo começou em 3 de maio no Tarrant County Convention Hall, em Fort Worth, Texas, onde McCartney deu vida à turnê que se estenderia por 31 datas em 21 cidades. Encerrou com três apresentações consecutivas no The Forum, em Los Angeles, em 23 de junho. O ex-Beatle alternou habilmente entre o baixo, o violão e os pianos, tanto acústicos quanto elétricos, exibindo sua versatilidade e paixão pela música. "Estávamos muito ansiosos por essa turnê", revelou McCartney em entrevista. "Queríamos provar que os Wings eram mais do que um mero projeto paralelo dos Beatles".
A setlist balanceava cuidadosamente os clássicos dos Beatles com sucessos dos Wings, incluindo faixas raramente executadas ao vivo como “Yesterday”, “Blackbird”, “Lady Madonna”, “I’ve Just Seen a Face” e “The Long and Winding Road”. No entanto, foram os hits dos Wings, como “Jet", “Live and Let Die” e “Band on the Run", que definiram a identidade única da banda sob a liderança de McCartney.
Em uma entrevista de 1976 para a Rolling Stone, McCartney refletiu sobre seu legado: "Sou fã dos Beatles”, confessou. “Quando John [Lennon] falava que era tudo um sonho, eu sabia do que ele estava falando, mas ao mesmo tempo, eu pensava: 'Não, não foi só isso.' Foi um sonho, mas muito real".
A turnê contou com uma formação notável, incluindo o baterista Joe English e o guitarrista Jimmy McCulloch, complementados por uma seção de sopros de quatro instrumentos. Essa formação proporcionou uma experiência sonora rica que se estendia por cerca de duas horas e meia a cada show. A parte técnica também impressionou, com um sistema de som de ponta e um espetáculo de luzes a laser que elevaram a qualidade das performances, frequentemente elogiadas pela crítica.
Paul McCartney olhou para trás para essa época com um carinho especial: "Em '76, com Joe (English) e Jimmy (McCullough), e Denny (Laine) e Linda, tínhamos uma formação incrível. Realizamos coisas fantásticas". A crítica corroborou essa visão; após a primeira noite, o 'The Dallas Morning News' relatou que o show foi "superior a qualquer apresentação dos Beatles e muito melhor do que qualquer show anterior de Harrison, Starr e Lennon".
A turnê não só cativou fãs, mas também atraiu celebridades como Ringo Starr, Diana Ross e Elton John, destacando-se um momento emocionante quando Starr subiu ao palco para entregar flores a McCartney durante o show de 21 de junho.
O sucesso das apresentações também veio com algumas críticas sobre supostas correções em pós-produção do álbum ao vivo. Lançado em dezembro de 1976, "Wings Over America" teve alguns ajustes feitos em estúdio para sua divulgação. Denny Laine, um dos membros da Wings, explicou que embora as partes musicais estivessem corretas, pequenas correções foram feitas para aprimorar o som geral. “Dobrei as guitarras, apenas para preencher [e] adicionei pequenos trechos", refletiu.
Mas mesmo com as controvérsias, o álbum alcançou o topo das paradas, solidificando o legado da banda. O álbum e a turnê também continuam sendo um testemunho do talento duradouro de McCartney e de sua capacidade de se reinventar na música. Como um todo, a turnê "Wings Over America" não foi apenas um retorno às raízes para McCartney, mas um passo significativo em uma nova direção artística.
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