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Em maio de 1976, Paul McCartney voltou aos palcos dos Estados Unidos! Pela primeira vez desde o verão de 1966 com os Beatles, o astro do rock marcou este retorno com a histórica turnê "Wings Over America". Essa série de shows não apenas reavivou o entusiasmo pela música de McCartney e produziu o aclamado álbum triplo, mas também estabeleceu o Wings como um gigante na indústria musical, independente de suas raízes beatlemaníacas.

Tudo começou em 3 de maio no Tarrant County Convention Hall, em Fort Worth, Texas, onde McCartney deu vida à turnê que se estenderia por 31 datas em 21 cidades. Encerrou com três apresentações consecutivas no The Forum, em Los Angeles, em 23 de junho. O ex-Beatle alternou habilmente entre o baixo, o violão e os pianos, tanto acústicos quanto elétricos, exibindo sua versatilidade e paixão pela música. "Estávamos muito ansiosos por essa turnê", revelou McCartney em entrevista. "Queríamos provar que os Wings eram mais do que um mero projeto paralelo dos Beatles".

A setlist balanceava cuidadosamente os clássicos dos Beatles com sucessos dos Wings, incluindo faixas raramente executadas ao vivo como “Yesterday”, “Blackbird”, “Lady Madonna”, “I’ve Just Seen a Face” e “The Long and Winding Road”. No entanto, foram os hits dos Wings, como “Jet", “Live and Let Die” e “Band on the Run", que definiram a identidade única da banda sob a liderança de McCartney.

No coração de Londres, no icônico Estádio de Wembley, um evento monumental e comovente ecoou pelas multidões, deixando um legado eterno na história do rock. O dia 20 de abril de 1992 foi mais do que uma simples data qualquer; foi o momento em que o mundo parou para celebrar a vida e o legado de um ícone: Freddie Mercury.

"Este não foi apenas um concerto. Foi uma celebração da vida, da música e do espírito extraordinário de Freddie", disse Roger Taylor. Como reforçado pelo baterista, o evento foi uma manifestação massiva de amor, respeito e conscientização sobre a AIDS. Taylor e Brian May, membros remanescentes do Queen, lideraram o evento, acompanhados por uma constelação de estrelas do rock, incluindo Joe Elliott e Taylor Hawkins, que se juntaram para honrar o legado do lendário vocalista.

O evento épico foi concebido como uma resposta ao trágico falecimento de Freddie Mercury, que perdeu sua batalha contra a AIDS em novembro de 1991. "Freddie era mais do que um colega de banda; ele era um irmão para nós. Este concerto foi nossa maneira de expressar nosso amor e gratidão por tudo o que ele representava", compartilhou May. Cinco meses depois, seus colegas de banda e o empresário Jim Beach organizaram o concerto beneficente como uma maneira de celebrar sua vida e arrecadar fundos para a pesquisa e conscientização sobre a doença.

Jocelyn Eve Stoker, mais conhecida como Joss Stone para o grande público, é uma dessas artistas que parece ter nascido destinada ao estrelato. Em 2003, aos meros 16 anos de idade, ela lançou seu álbum de estreia, "The Soul Sessions", sacudindo as estruturas da indústria musical e deixando uma marca indelével que ecoaria por décadas.

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Nascida no sudeste da Inglaterra em abril de 1987, Joss Stone já era uma prodígio musical desde nova. Sua voz poderosa e seu talento incomparável começaram a chamar a atenção ainda nos shows de talentos locais, onde ela se destacava interpretando clássicos do R&B e soul de gigantes como Aretha Franklin e Whitney Houston.

Mariah Carey é, sem dúvidas, uma das maiores figuras da indústria musical. E em 2008 escreveu seu nome na história ao ultrapassar Elvis Presley e estabelecer um novo recorde de singles no topo das paradas da Billboard Hot 100, ficando somente abaixo dos Beatles. A canção fazia parte do álbum "E=MC2", lançado como continuação de "The Emancipation of Mimi", vencedor do Grammy em 2005, solidificando ainda mais o sucesso da cantora.

Além de dominar as paradas de singles, "Touch My Body" também liderou a parada de downloads digitais da Billboard, registrando um recorde de 286.000 downloads em sua semana de estreia. Mas, apesar das comemorações na época, Carey não deixou de reconhecer o legado de outros ícones da música, destacando a importância dessa conquista para mulheres e minorias.

Mariah teve um retorno triunfante às paradas musicais em 2005 com canções como “We Belong Together” e “Shake It Off” no álbum "The Emancipation of Mimi". E lançado três anos depois, o "E=MC2" celebrou todas essas conquistas com uma festa de batidas cativantes e letras envolventes. Mariah alcançou esse som reunindo-se novamente com o colaborador de longa data Jermaine Dupri, que supervisionou os maiores cortes do álbum passado, além de trabalhar com outros produtores conhecidos por seu R&B inovador.

Era uma vez, na capa da revista Time de 27 de abril de 1987, quatro jovens irlandeses brilharam em letras douradas, anunciando ao mundo que o U2 não era apenas uma banda, mas o passaporte dourado para o rock 'n' roll. A Time, conhecida por sua seriedade e foco em questões globais críticas, se rendeu ao fenômeno, proclamando o U2 como “O ingresso mais quente do Rock”. Nesse momento, o U2 já tinha deixado sua marca indelével no mundo da música, escalando o pódio com 'The Joshua Tree', uma obra-prima que reinou supremo nas paradas americanas por nove semanas e abocanhou o cobiçado Grammy de Álbum do Ano.

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A faixa "Believe" não é apenas uma música, é um marco na história da música pop. Em 19 de outubro de 1998, Cher presenteou o mundo com este hino dance-pop que se tornou um símbolo de uma era. Rápido em conquistar a comunidade LGBTQ+ globalmente, o single solidificou a reputação de Cher como um ícone pop.

O processo por trás de "Believe" é tão fascinante quanto a própria música. Em 1997, Rob Dickins, presidente do Warner Music Group UK, sugeriu a Cher gravar um álbum voltado para seus fãs gays. Apesar de uma breve queda em sua carreira, "Believe" ressuscitou a popularidade de Cher. A música, com seus vocais tratados, liderou o álbum homônimo, transmitindo uma mensagem de empoderamento após um término.

Mas o que muitos não sabem é que, inicialmente, Cher não estava impressionada com a faixa. Considerou-a repetitiva e até desistiu do projeto no meio do caminho. No entanto, após se inspirar ao ouvir um jovem usando um vocoder (um instrumento musical capaz de sintetizar a voz humana), ela teve a ideia de usá-lo na música. Isso a tornou uma das pioneiras do uso do Auto-Tune, uma ferramenta ainda muito utilizada hoje em dia.

Na história do cinema, é difícil pensar em trilhas sonoras de filmes e não lembrar de Titanic, que ficou bastante atrelado à figura de Céline Dion, a voz do tema que embalou o romance do casal Rose e Jack. Em 1997, a cantora ganhou quase tanto destaque quanto os protagonistas Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. No ano seguinte, “My Heart Will Go On” liderou as paradas pop do Reino Unido e estava a caminho de se tornar o single mais vendido do ano.

O que poucos sabem é que houve uma série de fatores, incluindo a antipatia inicial de Dion pela música, que quase impediu essa grande balada romântica de se tornar uma relíquia da cultura pop dos anos 90 e que, agora, transcende gerações.

Tudo começou com o pedido da música pelo James Cameron, diretor do filme. Ele não queria uma canção com letra, apenas instrumental, para acompanhar o longa. Então, o diretor convidou James Horner para compor a trilha do seu filme “arriscado”, que saía de sua zona de conforto – anteriormente Cameron havia focado apenas em obras de ficção-científica como Aliens e Exterminador do Futuro.

Há 49 anos, Cher deu um passo à frente em sua carreira, sem Sonny! A diva pop assumiu o protagonismo em sua própria série de TV. Embora sua jornada tenha sido mais curta do que a que ela compartilhou com seu ex-marido, a série conseguiu brilhar com grandes convidados e alguns dos figurinos mais marcantes da televisão dos anos 70 - e, claro, sua trajetória!

"Cher" era um programa de variedades americano que estreou na CBS em 1975, com a cantora e atriz como apresentadora. O show recebeu uma série de convidados musicais renomados, incluindo um especial de TV com Elton John, Jackson 5, Bette Midler e Tina Turner.

O programa, que ia ao ar às 19h30 nos domingos, rapidamente se tornou um sucesso, conquistando o primeiro lugar entre os programas de variedades e o vigésimo segundo lugar entre todos os programas, com uma média de audiência familiar de 21,3. Além disso, recebeu uma quantidade recorde de cartas de fãs para um programa da CBS na época. A segunda temporada foi transmitida às 20h, evidenciando sua popularidade em horários nobres.

Em 7 de fevereiro de 1964, os Beatles deixaram o aeroporto de Heathrow, em Londres, a bordo de um Boeing 707 da Pan Am com destino ao aeroporto JFK, em Nova York. Esta jornada marcou o início de uma saga musical que definiria a cultura pop.

Quando John Lennon, Paul McCartney, George Harisson e Ringo Starr atravessaram o Atlântico para se apresentarem diante de seus fervorosos fãs americanos, muitos viram isso como o verdadeiro pontapé inicial para a ascensão do rock. A imprensa americana, perplexa diante desses quatro rapazes de Liverpool, oscilava entre o sarcasmo e a incredulidade.

“Saímos do nada com cabelos engraçados, parecendo marionetes ou algo assim. Isso foi muito influente. Acho que foi realmente uma das grandes coisas que nos quebrou - o penteado mais do que a música, originalmente” - Paul McCartney

Em 28 de janeiro de 1985, aconteceu algo “impossível de ser realizado” na história da música. No clássico A&M Studios na Avenida La Brea, Califórnia, aconteceu a gravação de “We Are The World”: uma obra criada por Michael Jackson e Lionel Richie, destinada a ajudar as vítimas da fome no continente africano. E qual era o feito impossível? Unir tantos gigantes da música, como Stevie Wonder, Tina Turner, Billy Joel, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper e Bob Dylan, para ajudar a causa. No total, foram 45 artistas que participaram do projeto.

Após seu lançamento em março daquele mesmo ano, a canção se tornou o single mais rapidamente difundido na história do pop, com 7 milhões de cópias vendidas nos EUA! Todo o lucro, aproximadamente US$ 147 milhões, foi destinado à ajuda humanitária. O projeto, conhecido também como USA for Africa, inspirou eventos como Live Aid, onde o Queen se apresentou.

A música foi inspirada em "Do They Know It's Christmas?" de 1984, gravado por artistas britânicos e irlandeses para a Etiópia. Harry Belafonte propôs incluir estrelas negras em um single beneficente, citando a necessidade de "negros salvando negros". Lionel Richie, em “The Greatest Night in Pop”, documentário que celebra a gravação de “We Are the World”, expressou sua ansiedade profunda mesmo décadas após o lançamento.

A relação entre Cleveland e o rock 'n' roll é uma história de amor e rejeição. Este gênero musical, sempre cercado de controvérsias, enfrentou resistências desde seu nascimento. Há quem diga que a mídia e o público são sempre céticos quanto a novidades, e o rock não foi exceção. Durante os primeiros dias do gênero, fãs foram alertados sobre os "perigos" de ouvir a música no carro, baseados em um estudo da Esso (empresa de gás) que sugeria que o ritmo poderia levar a dirigir de forma mais agressiva, aumentando o consumo de combustível.

Em Cleveland, a resistência foi ainda mais palpável. Em 1956, jovens menores de 18 anos foram proibidos de dançar rock em público, a menos que estivessem acompanhados por um adulto. Isso seguia uma lei de Ohio de 1931, criando uma realidade ao estilo "Footloose" para os fãs de rock da cidade.

Contrastando com essas restrições, Cleveland foi palco do primeiro concerto de rock do mundo em 1952. Dois homens, apaixonados pela música, desafiaram barreiras raciais em um país ainda segregado. Jimmy Sutphin e seus amigos, ao investigarem uma agitação nas ruas, testemunharam a história: o Moondog Coronation Ball. A polícia teve que intervir quando o evento saiu do controle, marcando esse episódio como o "Big Bang do rock'n'roll", segundo John Soeder, crítico musical.

Em janeiro de 1988, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, testemunhou um evento sem precedentes. Tina Turner, a estrela do rock 'n' roll, atraiu um público inacreditável de 182 mil pessoas, estabelecendo um recorde mundial para o maior público em um show solo de uma artista feminina.

A jornada de Tina Turner para esse marco histórico foi longa. Demorou quase um ano para se materializar, com os produtores musicais Manoel Poladian e Elizabeth Reichman desempenhando papéis cruciais. A influência de David Bowie foi fundamental para convencer a estrela a se apresentar no Brasil.

Turner passou cerca de 20 dias no Brasil, começando no final de 1987. Ela experimentou a cultura local, sambando com a Beija-Flor e celebrando o Réveillon em Copacabana. Conhecida por sua simplicidade, Turner não fez exigências extravagantes, lembrada por Reichman como "bastante razoável".