Ucrânia diz que tropas avançam no leste e sul e obtêm ganhos perto de Bakhmut
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KIEV (Reuters) - A Ucrânia disse nesta segunda-feira que suas tropas estão avançando no leste e no sul do país e sinalizou que estão apertando o cerco em torno das tropas russas que ocupam a cidade oriental de Bakhmut.
A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, afirmou que as tropas de Kiev recuperaram 10,2 quilômetros quadrados de território no sul e quatro quilômetros quadrados no leste na semana passada em uma contraofensiva diante das forças russas.
As forças da Ucrânia também assumiram o controle das principais elevações de comando em torno de Bakhmut e estabeleceram o controle de fogo sobre as entradas e saídas da cidade destruída, disse ela no aplicativo de mensagens Telegram.
Os militares ucranianos disseram que suas tropas já retomaram 169 quilômetros quadrados no front sul e 24 quilômetros quadrados ao redor de Bakhmut desde que a contraofensiva começou no início do mês passado.
'Todos nós queremos fazer isso mais rápido porque cada dia significa novas perdas de ucranianos. Estamos avançando. Não estamos travados', disse o presidente Volodymyr Zelenskiy à rede de televisão norte-americana ABC antes da cúpula da Otan na Lituânia na terça e quarta-feira.
'Todos nós gostaríamos de ver a contraofensiva realizada em um período de tempo mais curto. Mas existe a realidade. Hoje, a iniciativa está do nosso lado.'
A Reuters não pôde verificar a situação no campo de batalha e a Rússia não reconheceu os ganhos ucranianos. Moscou diz que os combates têm sido intensos desde o início da contraofensiva, mas ainda mantém faixas de território no leste e no sul da Ucrânia após sua invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022.
O líder checheno pró-Moscou, Ramzan Kadyrov, disse que uma de suas unidades está posicionada na área de Bakhmut. Relatos russos nos últimos dias sugeriram que Kadyrov, cujas forças estão ativas desde o início da guerra, estava doente ou ferido ou 'de férias'.
(Reportagem de Ron Popeski, Nick Starkov e Anna Pruchnicka)
Escrito por Reuters
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