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Ucrânia e Rússia assinarão acordo para reabrir portos de exportação de grãos

Placeholder - loading - Trabalhadores armazenam grãos em terminal em Odessa, na Ucrânia 23/06/2022 REUTERS/Igor Tkachenko
Trabalhadores armazenam grãos em terminal em Odessa, na Ucrânia 23/06/2022 REUTERS/Igor Tkachenko

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Por Ezgi Erkoyun e Max Hunder

ISTAMBUL/KIEV (Reuters) - Rússia e Ucrânia assinarão um acordo nesta sexta-feira para reabrir os portos ucranianos do Mar Negro para exportações de grãos, disseram Turquia e a Organização das Nações Unidas (ONU), aumentando as esperanças de que uma crise alimentar internacional agravada pela invasão russa possa ser aliviada.

Rússia e Ucrânia, ambas entre os maiores exportadores de alimentos do mundo, enviarão seus ministros de Infraestrutura e Defesa para uma cerimônia de assinatura às 10h30 (horário de Brasília) em Istambul, afirmaram três fontes à Reuters.

O Kremlin confirmou que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, assinaria o acordo mediado pela Turquia e pela ONU, horas depois que o presidente ucraniano, Volodomyr Zelenskiy, disse esperar que os portos marítimos de seu país sejam desbloqueados em breve.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente turco, Tayyip Erdogan, participarão da cerimônia.

O bloqueio da frota russa no Mar Negro agravou os problemas na cadeia de suprimentos global e, juntamente com as sanções ocidentais impostas a Moscou, alimentou a alta inflação nos preços de alimentos e energia desde que as forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Os detalhes completos do acordo não foram divulgados imediatamente. Mas a agência de notícias estatal russa Tass informou, segundo uma fonte não identificada, que três portos ucranianos, incluindo o maior centro de exportação em Odessa, serão reabertos.

Cerca de 20 milhões de toneladas de grãos estão bloqueados em Odessa, e dezenas de navios ficaram retidos pela ofensiva de Moscou.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou no Twitter na quinta-feira que a reunião de sexta-feira em Istambul marcaria 'o primeiro passo para resolver a atual crise alimentar'.

Os Estados Unidos saudaram o acordo e disseram que estão se concentrando em responsabilizar a Rússia por implementá-lo.

Moscou nega a responsabilidade pelo agravamento da crise alimentar, culpando, em vez disso, um efeito das sanções ocidentais por desacelerar suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes e a Ucrânia por colocar minas nas proximidades de seus portos do Mar Negro.

As Nações Unidas e a Turquia estão trabalhando há dois meses para intermediar o que Guterres chamou de um 'pacote' de acordo para restaurar as exportações de grãos da Ucrânia no Mar Negro enquanto facilita os embarques russos de grãos e fertilizantes.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a União Europeia propôs relaxar algumas sanções anteriores para reforçar a segurança alimentar global. Moscou esperava que isso criasse condições para exportações de grãos e fertilizantes sem entraves.

Escrito por Reuters

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