Ucrânia informa à Casa Branca sobre plano para demitir comandante, dizem fontes
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Por Max Hunder e Steve Holland
REGIÃO DE DONETSK, Ucrânia/WASHINGTON (Reuters) - O governo ucraniano informou à Casa Branca que planeja demitir o principal comandante militar do país, que supervisiona a guerra contra as forças de ocupação russas, disseram duas fontes com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.
A decisão de demitir o general Valeriy Zaluzhnyi, que entrou em conflito com o presidente Volodymyr Zelenskiy por causa da estratégia militar e de outras questões, ocorre depois de uma contraofensiva ucraniana no ano passado que não conseguiu recuperar uma quantidade significativa de território controlado pela Rússia.
Uma fonte próxima ao gabinete de Zelenskiy disse que os dois também discordaram sobre uma nova campanha de mobilização militar, com o presidente se opondo à proposta de Zaluzhnyi de convocar 500.000 novos soldados.
A fonte, no entanto, acrescentou que o processo para destituir Zaluzhnyi de seu cargo de comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia estava paralisado por enquanto, enquanto as autoridades consideravam quem deveria ser seu substituto.
Uma segunda fonte a par do tema disse que a Casa Branca não expressou uma posição de uma forma ou de outra sobre o plano para substituir Zaluzhnyi.
'Gostaria de enfatizar que a resposta da Casa Branca foi que não apoiamos nem nos opusemos à decisão soberana deles', disse a fonte, que pediu anonimato.
'A Casa Branca expressou que cabe à Ucrânia tomar suas próprias decisões soberanas sobre seu pessoal', acrescentou a fonte.
O Washington Post foi o primeiro a notícias que a Ucrânia havia informado a Casa Branca sobre o plano de demitir Zaluzhnyi.
As autoridades dos EUA disseram à Ucrânia que não se opunham à demissão de Zaluzhnyi, disse a fonte próxima ao gabinete do presidente ucraniano.
'Os EUA não se importam que a Ucrânia o demita', disse a fonte.
Não houve detalhes sobre o cronograma do plano. 'No momento, os dois lados (o presidente e o general) fizeram uma pausa para determinar como será o futuro e, por enquanto, o status quo permanecerá até segunda ordem', disse a fonte.
Escrito por Reuters
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