Um estudo descobriu que existem cinco tipos de insônia
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos.
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Um estudo publicado na revista The Lancet Psychiatry revelou que existem cinco tipos diferentes de insônia. A descoberta é importante para diagnosticar corretamente o paciente e desenvolver o melhor tratamento para cada um.
Segundo Tessa Blanken, do Netherlands Institute for Neuroscience, na Holanda, a insônia sempre foi considerada como uma desordem, mas, na verdade, ela representa cinco distúrbios diferentes.
No relatório, os tipos de insônia são classificados como muito angustiado (tipo 1); moderadamente angustiado, mas sensível à recompensa (tipo 2); moderadamente angustiado e insensível a recompensas (tipo 3); pouco angustiado com alta reatividade (tipo 4) e ligeiramente angustiado com baixa reatividade (tipo 5). A classificação foi feita com base nos traços de personalidade, risco de depressão, atividade cerebral e resposta ao tratamento.
Como funciona cada tipo
Tipo 1: indivíduos dentro deste espectro tendem a ter altos níveis de stress (altos níveis de emoções negativas, como ansiedade e preocupação) e baixos níveis de felicidade;
Tipo 2: essa modalidade de insônia é caracterizada por níveis moderados de sofrimento, mas níveis de felicidade e emoções prazerosas relativamente normais;
Tipo 3: pessoas nesta classificação apresentam níveis moderados de sofrimento e baixos níveis de felicidade e de experiências prazerosas;
Tipo 4: nesta categoria, os pacientes têm baixos níveis de sofrimento, mas tendem a conviver com a insônia de longa duração como resultado de um evento de vida estressante;
Tipo 5: pessoas com esse tipo de insônia vivenciam baixos níveis de estresse e o sono não é afetado por eventos estressantes da vida.
Novos tratamentos
Pessoas com diferentes tipos de insônia, inclusive, têm diferentes respostas aos tratamentos. Cientistas descobriram que pessoas com os tipos 2 e 4, por exemplo, apresentam melhora nos sintomas quando medicados com o benzodiazepínico, comumente prescrito para o tratamento de insônia e ansiedade. Já os indivíduos com o tipo 3 não responderam bem ao tratamento medicamentoso.
Os estudos indicaram ainda que aqueles com o tipo 2 também respondem bem à terapia cognitivo-comportamental (TCC), mas o mesmo não foi notado em pessoas com o tipo 4.
Outra descoberta importante mostrou que os pacientes dentro do tipo 1 estão mais propensos a desenvolver depressão ao longo da vida.
Com essas revelações, os pesquisadores acreditam que novas formas de tratamento possam ser desenvolvidas para cada subtipo de insônia. Eles também esperam descobrir maneiras de prevenir a depressão nos grupos com maior risco.
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