Venezuela aguarda resultado final de primárias da oposição, Machado declara vitória
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Por Vivian Sequera e Mayela Armas
CARACAS (Reuters) - A engenheira industrial Maria Corina Machado declarou vitória durante a noite nas primárias presidenciais da oposição venezuelana, depois de ter registrado uma grande quantidade de votos com pouco mais de um quarto da apuração concluída.
A oposição realizou a disputa para escolher um candidato de unidade para enfrentar o presidente Nicolás Maduro em sua provável candidatura à reeleição no próximo ano, em meio a promessas dos Estados Unidos de reverter o alívio das sanções se o governo não suspender as proibições que impedem algumas figuras da oposição de ocupar cargos.
Machado, que se comprometeu a privatizar a empresa estatal de petróleo PDVSA se eleita presidente, estava contabilizando 93% dos votos, com mais de 26% das urnas apuradas, informou a comissão organizadora das primárias por volta da meia-noite de domingo (horário local).
Esperava-se que a contagem -- atrasada por um bloqueio de servidor -- continuasse na segunda-feira. Não ficou claro quando seria feita a próxima atualização dos resultados.
A participação na votação, organizada sem a ajuda do governo, foi mais do que o dobro do esperado em alguns Estados, apesar da realocação dos locais de votação, das longas filas e da falta de gasolina e transporte público em algumas áreas.
O rival mais próximo de Machado, o ex-legislador Carlos Prosperi, tinha 4,75% dos votos. Machado, 56 anos, aparecia com cerca de 40 pontos de vantagem sobre seus rivais nas pesquisas.
Sua capacidade de concorrer nas eleições gerais permanece incerta, pois ela ainda está impedida de ocupar cargos públicos devido ao seu apoio às sanções contra o governo de Maduro.
Na semana passada, a oposição e o governo assinaram um acordo eleitoral que permite que cada lado escolha seu candidato de acordo com as regras internas, mas sem retirar as desqualificações.
Os Estados Unidos, que em geral aliviaram as sanções sobre o petróleo e o gás e os títulos venezuelanos em resposta ao acordo, disseram que Maduro tem até o final de novembro para começar a revogar as proibições contra a oposição e libertar prisioneiros políticos e norte-americanos 'detidos injustamente'.
Embora cinco pessoas tenham sido libertadas, o governo de Maduro disse na semana passada que aqueles com desqualificações não podem concorrer na disputa de 2024.
A oposição, que afirma que as desqualificações são ilegais, tem se mostrado reticente quanto ao que faria se Machado vencesse as primárias, mas não pudesse concorrer em 2024.
Machado disse que poderia pressionar as autoridades eleitorais para permitir seu registro, enquanto outros argumentaram que será necessário escolher um substituto.
Escrito por Reuters
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