Zelenskiy pede a aliados que cumpram promessas de ajuda militar à Ucrânia
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VILNIUS (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu nesta quinta-feira a países aliados que cumpram suas promessas de fornecer ajuda militar a Kiev, particularmente quanto aos necessários sistemas de defesa aérea, depois que a Rússia intensificou seus bombardeios. Moscou retomou recentemente sua ofensiva contra a já abalada infraestrutura de energia da Ucrânia, resultando em enormes danos à rede elétrica do país. “Todos os dias, terroristas russos cortam a energia de Kharkiv e outras cidades, e todo dia ouvimos que mais ajuda chegará em breve. A realidade precisa finalmente bater com as palavras, e precisamos assegurar perdas reais ao terror russo”, disse Zelenskiy em coletiva de imprensa na capital da Lituânia, Vilnius, após encontro de líderes da Europa Central. O governo ucraniano conta com os sistemas Patriot, dos países ocidentais, para compensar a sua falta de defesas antiaéreas sofisticadas. Ele precisa de 26 unidades para cobrir todo o país, sendo sete com urgência. A Ucrânia já alertou sobre a diminuição na sua quantidade de mísseis de defesa aérea. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou que o país não conta com mísseis Patriot para oferecer à Ucrânia, mas houve a discussão sobre o possível fornecimento de mísseis da era soviética. “Falamos com Zelenskiy sobre um certo estoque de mísseis soviéticos, que temos em nossos depósitos e conversamos sobre entregá-los”, disse Duda. Líderes de 12 Estados da Europa Central, incluindo Polônia, República Tcheca e Romênia participaram da 'Cúpula dos Três Mares', com a guerra na Ucrânia como um dos principais assuntos debatidos. A Ucrânia também assinou um acordo de segurança de dez anos com a Letônia. A nação do Báltico vai gastar 0,25% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com ajuda militar para os ucranianos e também oferecer auxílio na defesa cibernética, retirada de minas e tecnologias não tripuladas. Zelenskiy pediu a líderes dos países que fazem fronteira com a Rússia que usem todos os meios possíveis para fornecer ajuda militar a Kiev.
“Defender o auxílio à Ucrânia agora significa defender a própria segurança de cada país na região”, disse. (Reportagem de Andrius Sytas, Yuliia Dysa, Alan Charlish)
Escrito por Reuters
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