Zelenskiy vai a Washington em busca de 'armas, armas e mais armas' para Ucrânia
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Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk
WASHINGTON/KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, estava a caminho dos Estados Unidos nesta quarta-feira para se encontrar com o presidente norte-americano, Joe Biden, discursar no Congresso e buscar 'armas, armas e mais armas' em sua primeira viagem ao exterior 300 dias desde a Rússia invadiu seu país.
Zelenskiy disse que a visita visa fortalecer a 'resiliência e as capacidades de defesa' da Ucrânia em meio a repetidos ataques russos ao abastecimento de energia e água no auge do inverno.
Sirenes antiaéreas soaram em toda a Ucrânia nesta quarta-feira, segundo autoridades, mas não houve notícias imediatas de uma nova onda de ataques.
O conselheiro político presidencial da Ucrânia Mykhailo Podolyak disse que a visita de Zelenskiy aos Estados Unidos mostra o alto grau de confiança entre os dois países e oferece a ele a oportunidade de explicar quais armas Kiev precisa.
'Isso finalmente põe fim às tentativas do lado russo... de provar um suposto esfriamento crescente em nossas relações bilaterais', afirmou Podolyak à Reuters.
'Os Estados Unidos apoiam inequivocamente a Ucrânia.'
Biden anunciará quase 2 bilhões de dólares em mais assistência militar para a Ucrânia, que incluirá uma bateria de mísseis Patriot para ajudá-la a se defender contra mísseis russos, disse uma autoridade graduada dos EUA.
'Armas, armas e mais armas. É importante explicar pessoalmente por que precisamos de certos tipos de armas', declarou Podolyak. 'Em particular, veículos blindados, os mais recentes sistemas de defesa antimísseis e mísseis de longo alcance.'
Espera-se que a visita de Zelenskiy dure várias horas.
Ele se encontrará com Biden e os principais assessores de segurança nacional na Casa Branca, participará de uma entrevista coletiva conjunta com o presidente dos EUA e depois irá ao Capitólio para discursar em uma sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados dos EUA.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro com o objetivo de capturar Kiev em dias, uma meta que rapidamente se mostrou fora de alcance. O presidente russo, Vladimir Putin, descreve o que chama de 'operação militar especial' da Rússia para 'desnazificar' a Ucrânia como o momento em que Moscou finalmente se levantou contra o Ocidente.
Desde então, milhares de soldados e civis foram mortos, milhões foram forçados a fugir de suas casas e cidades inteiras foram transformadas em ruínas.
Biden ficará cara a cara com o homem com quem tem falado regularmente nos últimos 10 meses, mas não se encontrou pessoalmente desde o início da guerra. Ele não usará a conversa para empurrar Zelenskiy para a mesa de negociações com Putin, disse uma autoridade dos EUA.
O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não vê chance de negociações de paz com Kiev. Em uma ligação com repórteres, o porta-voz Dmitry Peskov disse que o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia levaria a um 'aprofundamento' do conflito.
Escrito por Reuters
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