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A história por trás do porco gigante da capa de "Animals", do Pink Floyd

Entenda as simbologias que o grupo utilizou no álbum icônico

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As capas de discos do Pink Floyd são conhecidas por uma razão. A banda sempre fez muita questão de transmitir em arte o conceito embutido no álbum, deixando a experiência musical ainda mais única.

Animals” (1977) é um desses discos emblemáticos, que possui na capa a imagem emblemática do porco inflável voador. Assim como a maioria dos designs do grupo, ele passou pela curadoria da empresa Hipgnosis. A ideia, no entanto, não foi a primeira escolha do grupo.


A Ideia do Álbum

Não é de se surpreender que um porco esteja na capa, levando-se em consideração o nome do disco e de duas músicas – “Pigs”.

Há uma grande influência do livro “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, na concepção das faixas como um todo. O clássico literário aborda a história de uma revolta de animais contra seus donos em uma fazenda. Ao serem bem sucedidos, os animais criam a sua própria espécie de sociedade, organizando-se de maneira muito mais opressora do que os próprios humanos.

O autor faz uma crítica aos perigos da corrupção do poder e à manipulação da população. Dentre os animais, os porcos, inicialmente representantes da igualdade e da liberdade, tornam-se tiranos que exploram e oprimem os demais, manipulando as leis e utilizando a força para manter o controle.


Processo de criação da arte da capa

Depois de ter as músicas prontas, os integrantes do grupo se reuniram com os designers da Hipgnosis, Storm Thorgerson e Aubrey Powell. Porém, a ideia inicial era completamente diferente do que veio a se tornar a capa.

Storm relata no livro “For the Love of Vinyl” que a noção de “animal” não foi bem compreendida pela empresa: “O que veio à mente foi uma criança, um menino de 3 ou 4 anos, acidentalmente presenciando seus pais fazendo sexo. Ele vê isso como um ato de amor e paixão ou algo violento? Isso o deixa animado, confuso ou o traumatiza? De repente, eles se tornam animais aos seus olhos, e não mais seus amados pais?”.

O Pink Floyd rejeitou a proposição, que logo veio com uma contraproposta de Roger Waters, o então vocalista e baixista da banda. O artista pensou em um cenário que tinha o costume de ver enquanto passava de bicicleta: a usina termelétrica de Battersea, em Londres.


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Usina Termelétrica de Battersea


Execução da imagem

Foi no dia 2 de dezembro de 1976 que a equipe de fotografia da Hipgnosis, liderada por Aubrey Powell, desembarcou na icônica usina de Battersea com uma missão peculiar: capturar a imagem de um porco inflável gigante pairando sobre o local.

O porco, apelidado de Algie, media impressionantes 12 metros e foi fruto da engenhosidade de um time internacional: o artista australiano Jeffrey Shaw deu vida ao design, enquanto a empresa alemã Ballon Fabrik transformou o conceito em realidade.

Para garantir a segurança da operação e evitar que o porco inflado à base de hélio se tornasse um perigo aéreo em Londres, Powell contratou um atirador de elite. Afinal, ninguém queria a imagem icônica da banda adornada por um porco voador sem rumo.

O primeiro dia da empreitada rendeu fotos fantásticas da usina, mas o porco inflável não cooperou, recusando-se a voar. Determinados, Powell e sua equipe agendaram uma nova tentativa para o dia seguinte, reunindo todos os envolvidos. Ou quase todos, porque, em um lapso de memória, Powell esqueceu de contratar o atirador para o segundo dia, o que seria a causa de sua prisão posteriormente.

O porco voou, mas se desprendeu do cabo e passou a flutuar em uma velocidade alta pela atmosfera londrina. Nas palavras de David Gilmour, o então guitarrista da banda, “Todos estavam começando a se divertir, em parte, mas em parte pensando que poderíamos estar envolvidos em um dos piores desastres aéreos da história do planeta.”

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O que aconteceu com Algie?

O objeto inflável gigante, porém, soltou-se do cabo e se tornou um perigo aéreo, levando ao cancelamento de voos no aeroporto de Heathrow. Felizmente, Algie pousou sem incidentes em uma propriedade rural em Kent, no sudeste da Inglaterra. O dono da fazenda, no entanto, ficou bravo porque o objeto apavorou suas cabeças de gado.

Recuperado e pronto para a segunda sessão de fotos, o porco inflável enfrentou um novo desafio: o céu estava completamente azul e sem nuvens, o que a equipe da Hipgnosis considerou "sem graça para os padrões ingleses". Diante da situação, a solução encontrada foi fazer uma montagem entre as fotos da primeira e da terceira sessão de fotos, criando um efeito surreal que se tornou a icônica capa do álbum "Animals".

Sem a ajuda de softwares como o Photoshop, que ainda não existiam na época, os designers da Hipgnosis utilizaram técnicas de sobreposição para criar a imagem final. O resultado foi um sucesso, capturando a essência do álbum e se tornando uma das capas mais memoráveis da história do rock.

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A simbologia do porco

O porco é um símbolo marcante da carreira musical de Roger Waters, tanto em seus shows solo quanto nas turnês do Pink Floyd. Essa figura icônica, que teve sua origem no álbum "Animals", é um instrumento de protesto social e político, praticamente uma tradição em seus shows.

Em diversos países do mundo, o músico utiliza a figura para abordar temas relevantes à realidade local, sempre com um tom crítico e provocativo. O animal é um lembrete constante da importância de se questionar o status quo.

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LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

Lady Gaga fez história no Coachella 2025 com um espetáculo que mais parecia uma ópera pop moderna: teatral, dividido em cinco atos e com estética gótica. As apresentações nos dias 11 e 18 de abril foram marcadas pela estreia ao vivo de músicas do álbum Mayhem, além de clássicos como “Poker Face”, “Born This Way” e “Bad Romance”.

Mas se o tempo de palco no festival americano foi limitado a 90 minutos, os fãs brasileiros podem se preparar para um programa bem mais amplo no show gratuito em Copacabana, neste sábado (3 de maio). A expectativa é de que a performance de Lady Gaga no Rio de Janeiro dure até 2h30, com inclusão de músicas que ficaram de fora do set original, como sucessos de Chromatica, Artpop e Joanne.

Como foi o show no Coachella

Com coreografia de Parris Goebel e direção artística repleta de simbolismos visuais, Gaga apresentou um roteiro em cinco blocos distintos, alternando momentos de tensão, euforia, introspecção e catarse.

Uma experiência em cinco atos

Confira a setlist completa do Coachella, com a origem de cada música:

Ato I – Of Velvet and Vice

Ato II – And She Fell Into a Gothic Dream

Ato III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name

Ato IV – To Wake Her Is to Lose Her

Finale – Eternal Aria of the Monster Heart

Essa estrutura foi mantida em ambas as apresentações no festival, com pequenas variações em elementos visuais e interações com o público. Por exemplo, na primeira apresentação, Gesaffelstein, produtor e DJ francês conhecido por sua estética sombria e minimalista no techno e electro, participou ao vivo da performance de “Killah”. A música faz parte do novo álbum da cantora, Mayhem, e é uma colaboração entre os dois artistas.

Elementos Teatrais e Visuais

A ópera pop tem direção criativa de Parris Goebel, conhecida por seu trabalho com artistas como Rihanna e Doja Cat, e incorporou elementos teatrais, como mudanças de figurino dramáticas, cenários góticos e coreografias elaboradas, criando uma experiência imersiva para o público.

Destaques visuais incluíram uma batalha de xadrez encenada durante "Poker Face", onde os dançarinos representavam peças do jogo, e a transformação do palco em um cenário verdejante durante "Garden of Eden", com Gaga tocando guitarra.

O que esperar do show no Rio de Janeiro?

Para a apresentação gratuita na praia de Copacabana, Lady Gaga deve manter o núcleo teatral de Mayhem, mas há grande expectativa por um show mais longo e afetivo. Com liberdade de tempo e público local engajado, faixas como:

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