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As músicas secretas da vocalista do ABBA

Conheça o verdadeiro trunfo de Agnetha Fältskog

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Em 1968, Agnetha Fältskog emergiu como um cometa de olhos azuis predestinado a protagonizar um dos maiores atos da história da indústria musical. Afinal, com apenas 18 anos de idade, a jovem de Jönköping, Suécia, explodiu até o topo das paradas da sua terra natal, com a canção Jag Var Så Kär (Eu Estava Tão Apaixonada)”.

Depois disso, a loira viajou simbolicamente para a Grécia como uma das integrantes do ABBA, onde protagonizou a trilha sonora de “Mamma Mia!” e, de fato, conquistou o mundo! No entanto, o sucesso do musical de Meryl Streep, Amanda Seyfried e, sobretudo, das músicas do ABBA, como “Dancing Queen”, por exemplo, não definiram os limites do seu talento.

Na realidade, faixas menos animadas, como “The Winner Takes It All”, por exemplo, sempre chamaram mais a atenção da artista, que completa 74 anos de idade nesta sexta-feira (5). Mas afinal, qual foi o verdadeiro trunfo da cantora, se não o auge da maior banda sueca de todos os tempos?

Agnetha ficou mundialmente conhecida pelo contraste entre a sua voz melancólica com as batidas animadas usadas pelo disco pop dos anos 70. No entanto, o ritmo acelerado de canções como “Dancing Queen” e "Gimme!Gimme!Gimme!” talvez não tenham explorado o seu verdadeiro potencial.

Pois é! Agnetha pode ter atingido a sua verdadeira excelência a partir das suas próprias composições, e não pelos maiores sucessos do ABBA. Afinal, Fältskog, que sempre foi uma exímia compositora, assumiu diversas vezes a sua preferência por músicas tristes:

“Talvez por eu ser sueca, nós temos algo melancólico em nós”, comentou a artista sobre a sua preferência por músicas tristes. “Nós temos invernos longos e escuros, o que o afeta a longo prazo”

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Mas o que poucos sabem é que Agnetha compunha as suas próprias músicas antes de entrar para o ABBA e continuou compondo-as depois do término da banda. Além disso, em situações esporádicas, ela também compunha em sinergia com o período de atuação da banda, como ocorreu em “Elva Kvinnor I Ett Hus”, um álbum de 1975 em que ela compôs 10 das 11 faixas presentes.

“Na realidade, eu acho que eu parei de compor por não ter tempo para isso. Quando eu comecei minha carreira solo, eu tinha dentro de mim um desejo por escrever. Mas durante os anos de ABBA, eu tive que cuidar de duas crianças pequenas e muito trabalho para fazer, com as viagens, shows e programas de televisão. Então quando eu tinha um tempo livre, eu queria estar com os meus filhos. Eu não esquecia da música, eu só preferia fazer outras coisas”, comentou a artista ao The Guardian.

Já com o término da banda, Agnetha pode voltar para a Suécia, construir uma vida tranquila com a sua família e voltar a compor suas próprias músicas. Em carreira solo e afastada dos holofotes, inclusive, ela passou a harmonizar a melancolia da sua voz com o choro do piano que a esperava ao lado da sua cama.

Assim, quando a voz melancólica do ABBA finalmente foi conectada a melodias azuis, o verdadeiro potencial de Agnetha pode aflorar. E a partir disso, surgiram as canções secretas de Agnetha Fältskog, melodias compostas ao lado da sua cama e que talvez nunca sejam compartilhadas com o mundo.

Por outro lado, a artista compôs além das canções nasceram e morreram em seus aposentos. Na realidade, outras faixas foram compiladas em projetos solos e divulgadas para o mundo, embora com um alcance menor em relação à histeria causada pelo ABBA nos anos 70.


Com isso, alguns discos como “A” e “My Colouring Book” passaram a ser vistos também como as músicas secretas de Agnetha Fältskog. E a partir deles, inclusive, a sueca pode preencher o seu coração com música novamente e cantar para além da eternidade, como é dito em “Flying To The Moon”, um cover de Frank Sinatra, que atuou como a sexta faixa do seu álbum de 2004.

De toda forma, a cantora, que nunca deixou de encantar todos os continentes do planeta com a voz, foi eternizada como a primeira letra de um dos acrônimos mais amados pelo mundo da música - ABBA. Além disso, o seu legado foi transformado em um ícone que jamais será esquecido por todos aqueles que já riram e choraram com as suas músicas.

“Quando nós vencemos o Eurovision em 1974, nós descobrimos que nós tínhamos algo em nós, que nós gostaríamos de compartilhar com o mundo, mas icone? Eu não sei, isso veio depois. Eu ainda acho difícil de acreditar. É muito difícil olhar para si mesmo como um ícone, porque você está com você mesmo o tempo inteiro e nós nos cansamos de nós mesmo de vez em quando. Mas ao mesmo tempo é incrível!”

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