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Asma x Covid-19: como diferenciar os sintomas nas crianças

De acordo com o Ministério da Saúde, 23,2% da população viva com a doença

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Criança com máscara. - iStock

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Com a chegada das estações mais frias do ano, as doenças respiratórias voltam à tona e, com isso, chegou o momento de etender quais são os sintomas que diferem a asma e a Covid-19.

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A asma é um dos problemas de saúde respiratória mais recorrentes no Brasil, ao passo que 23,2% da população viva com a doença, com incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões do País. No ano passado, foram realizados 1,3 milhão de atendimentos na Atenção Primária à Saúde, a porta de entrada do brasileiro ao Sistema Único de Saúde (SUS). O número corresponde a, aproximadamente, 231 mil consultas a mais que o ano anterior.

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"A partir de julho, o número de consultas de pacientes com asma diminuiu significativamente nas unidades básicas de saúde, por redução dos casos de Covid-19, fator de risco para piora do quadro. Vale lembrar que o Brasil é um dos poucos países do mundo a disponibilizar gratuitamente o tratamento para a doença", afirma Juliana Rezende, diretora do Departamento de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.

Mas, antes de tudo, é importante saber um pouco mais sobre as condições respiratórias mais comuns que afetam as crianças com a doença.

O que é asma?

Caracterizada como uma doença heterogênea, que pode acometer todas as faixas etárias, a asma é usualmente identificada como uma doença crônica não transmissível inflamatória das vias aéreas ou brônquios, definida pela história clínica e sintomas respiratórios.

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Durante uma crise de asma, o revestimento dos brônquios torna-se edemaciado, estreitando as vias aéreas e reduzindo o fluxo de ar, tanto na inspiração, quanto na expiração pulmonar. Embora não tenha cura, o tratamento adequado da asma pode controlar os sintomas e crises, melhorando e estabilizando a função pulmonar e melhorando a qualidade de vida do paciente em questão.

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Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns da asma, são:

  • falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • sensação de aperto no peito ou peito pesado;
  • chio ou chiado no peito;
  • tosse.

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Essas condições podem variar de acordo com o grau de severidade e frequência, além da variação de pessoa para pessoa que pode ocorrer várias vezes ao dia ou semanas. Normalmente, eles têm a tendencia de piorar à noite ou de madrugada e com as atividades físicas regulares. Isso leva a outros quadros, como insônia, fadiga diurna, redução dos níveis de atividade e absenteísmo escolar e profissional.

De acordo com uma pesquisa do American College of Allergy, Asthma and Immunology, os pesquisadores descobriram as cinco principais causas para ocorrência de crises asmáticas graves de acordo com a percepção de cada um. A informação é relevante para combater ou tentar reduzir o número de episódios na população. Afinal, trata-se de um problema crônico que pode levar à morte – são 46 mil óbitos relacionados a essa doença por ano.

Já a Organização Mundial da Saúde estima que 300 milhões de pessoas convivem com asma ao redor do mundo, sendo que de 5% a 10% desses pacientes têm um quadro mais agravado.

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ASMA X COVID-19: SAIBA A DIFERENÇA DOS SINTOMAS

Agora que você, pai ou responsável, já sabe quais são os sintomas das principais doenças respiratórias, é necessário se atentar a como diferenciar os sintomas da asma e da Covid-19. Para isso, a nossa jornalista Nicole Defillo realizou uma entrevista com o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, para saber sobre o assunto.

Abaixo você confere todas as dicas e informações que o médico especialista reforçou:

Antena 1: Quais são as diferenças entre os sintomas da Asma e Covid-19?

Renato Kfouri: A asma, uma doença inflamatória obstrutiva das vias aéreas inferiores, na qual o brônquio faz um espasmo e dificulta a entrada de ar. Isso é recorrente no asmático, com episódios como esse que se repetem periodicamente. A asma é um quadro infeccioso que, às vezes da febre, tosse e secreção. A asma é diferente da Covid-19, que é uma infecção viral, já outros sintomas respiratórios, como a dor de garganta, são mecanismos de doenças completamente distantes. Pode ser que alguém que pegue um resfriado, uma gripe, covid e entre em crise de asma pelo quadro viral. Como consequência, mas são doenças diferentes.

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Antena 1: Qual é o risco da asma quando uma criança contrai Covid-19, mesmo para aquelas que já foram vacinadas?

Renato Kfouri: Os estudos mostraram que asma não é fator de risco. Asma leve, moderada, não é fator de risco para agravamento do coronavírus. Existe alguma controvérsia em relação à se isso traz algum risco ou não, porém de forma geral não consideramos asma como um fator de risco para a doença mais grave.

Antena 1: Como os pais podem diminuir a chance da gravidade da Covid-19 nas crianças que possuem asma?

Renato Kfouri: Nenhum remédio consegue prevenir a covid-19, ou seja, nenhum remédio para verme, nem para malária, nem para asma servem como prevenção para a deonça. É o que a comunidade científica tem aprendido com as sequelas da corona. Apesar disso, o que o coronavírus muitas vezes deixa o paciente é com fadiga, algum cansaço, mas não, não tem nada haver com a fadiga da crise de asma. Então, obviamente, a gente tem que tratar as doenças que o indivíduo tem de base. Não há o que fazer para curar a asma. Apenas a covid-19 é uma doença com prevenção, que nada mais é do que a vacina (Pfizer, AstraZeneca, Johnson, Sinovac e CoronaVac).

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Antena 1: Como todo asmático é diferente em termos de gatilhos e a forma como seus pulmões respondem. Qual é o melhor plano de ação em uma emergência?

Renato Kfouri: O que os pais podem fazer é aprender e ensinar os asmáticos a reconhecer o que desencadeia, ou seja, os gatilhos para as suas crises asmáticas. Às vezes alguns locais com cheiros de mofo ou quando o paciente entra em contato com alguns inalantes, como cheiros fortes, poulição, perfumes entre outros. E às vezes as infecções virais, mudanças de clima, pelos de animais também podem ser gatilhos comuns. É sempre importante, o asmático reconhecer o que lhe traz a crise.

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