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Avaliação negativa do governo Lula salta em Bahia e Pernambuco, diz Genial/Quaest

Placeholder - loading - Presidente Lula em Brasília  30/1/2025   REUTERS/Adriano Machado
Presidente Lula em Brasília 30/1/2025 REUTERS/Adriano Machado
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SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou na Bahia e em Pernambuco, dois maiores Estados do Nordeste em termos de população, mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, o mais recente levantamento a apontar um momento de baixa popularidade do governo.

O levantamento também apontou elevação na desaprovação a Lula nos dois Estados mais populosos da região que é tradicionalmente seu reduto eleitoral, assim como elevada avaliação negativa e desaprovação do presidente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, os outros seis Estados pesquisados.

Na Bahia, a avaliação negativa do governo ficou em 38%, ante 21% em dezembro do ano passado, ao passo que a positiva somou 30%, contra 44%, e a regular ficou em 31%, ante 34%. Ainda entre os baianos, a desaprovação a Lula saltou para 51%, contra 33%, ao passo que a aprovação despencou para 47%, contra 66% na pesquisa anterior.

Na pesquisa encomendada pela Genial Investimentos, o instituto Quaest ouviu 1.200 pessoas na Bahia entre os dias 19 e 23 de fevereiro, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Na mesma linha, em Pernambuco, a avaliação negativa do governo somou 37%, ante 23% em dezembro, ao passo que a positiva ficou em 33%, ante 48%, e a regular em 29%, ante 28%. A desaprovação de Lula também disparou em Pernambuco, para 50%, ante 33%, enquanto a aprovação despencou para 49%, ante 65%.

Foram ouvidas 1.104 pessoas em Pernambuco entre 19 e 23 de fevereiro, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Nos demais seis Estados pesquisados, o governo teve avaliação negativa de 55% em São Paulo (ante 38% em dezembro), 51% em Minas (ante 32%), 50% no Rio de Janeiro, 59% no Paraná (contra 37%), 52% no Rio Grande do Sul e 58% em Goiás (ante 41%). Não foram apresentados dados comparativos para Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Em sentido inverso, a avaliação positiva do governo caiu em todos os Estados. Em São Paulo somou 16% (contra 27%), em Minas foi de 22% (contra 34%), no Rio somou 19%, no Paraná foi de 20% (ante 26%), no Rio Grande do Sul de 19% e em Goiás totalizou 18% (ante 26%).

Nesses seis Estados, a desaprovação a Lula superou a casa dos 60%: 69% em São Paulo (ante 55%), 63% em Minas (contra 47%), 64% no Rio de Janeiro, 68% no Paraná (contra 53%), 66% no Rio Grande do Sul e 70% em Goiás (ante 56%).

A aprovação ao presidente não ultrapassou 35% em nenhum desses seis Estados: 29% em São Paulo (ante 43%), 35% em Minas (ante 51%), 35% no Rio de Janeiro, 30% no Paraná (ante 44%), 33% no Rio Grande do Sul e 28% em Goiás (ante 41%).

A pesquisa ouviu, também entre os dias 19 e 23 de fevereiro, 1.644 pessoas em São Paulo, 1.482 em Minas, 1.400 no Rio de Janeiro, 1.104 no Paraná, 1.404 no Rio Grande do Sul e 1.104 em Goiás. Em São Paulo, a margem de erro é de 2 pontos percentuais, nos demais Estados é de 3 pontos percentuais.

Em todos os oito Estados pesquisados, a percepção de piora da economia nos últimos 12 meses foi de, pelo menos 50%. Na Bahia e em Pernambuco, essa percepção foi de 50% e 51%, respectivamente. Em São Paulo somou 62%, em Minas 59%, no Rio de Janeiro 60%, no Paraná 61%, no Rio Grande do Sul 56% e em Goiás 58%.

'A sensação de piora na economia pode ser explicada pela quase unanimidade na percepção de aumento no preço dos alimentos nos 8 Estados pesquisados', disse o diretor da Quaest, Felipe Nunes, em sua conta no X.

A avaliação de que os preços dos alimentos subiram no último mês foi superior a 90% em todos os Estados pesquisados, ficando em 95% na Bahia e em 92% em Pernambuco. No Rio de Janeiro e em Minas, 94% tiveram essa avaliação, percentual que chegou a 95% em São Paulo e Rio Grande do Sul e a 96% em Goiás e no Paraná.

Nos dois Estados do Nordeste pesquisados, a avaliação de que o Brasil está no caminho errado ficou em 57% na Bahia e em 55% em Pernambuco. Em todos os outros seis Estados da pesquisa, esse patamar superou 60%, ficando em 67% em São Paulo, 66% em Minas, 67% no Rio de Janeiro, 66% no Paraná, 63% no Rio Grande do Sul e 68% em Goiás.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Apesar da piora generalizada, especialmente nos dois maiores Estados do Nordeste, a pesquisa indicou que Lula ainda tem força eleitoral em Bahia e Pernambuco. Em eventual segundo turno em 2026 contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula venceria por 59% a 26% na Bahia e por 57% a 31% em Pernambuco.

Lula ainda empata com Bolsonaro no Rio de Janeiro em 41%, perde dentro da margem de erro em Minas (40% a 42%) e Rio Grande do Sul (38% a 44%), ao passo que Bolsonaro venceria em São Paulo (45% a 36%), Paraná (51% a 30%) e Goiás (50% a 30%).

O levantamento Genial/Quaest em oito Estados que respondem por 62% do eleitorado brasileiro é a pesquisa mais recente a mostrar uma piora na popularidade de Lula e seu governo.

Na terça-feira, levantamento CNT/MDA apontou que a avaliação negativa do governo superou a positiva e que a desaprovação a Lula ultrapassou a aprovação. Divulgada em meados desde mês, levantamento do Datafolha mostrou Lula com seus piores índices de avaliação em todos seus mandatos.

(Por Eduardo Simões)

Escrito por Reuters

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