China alerta estudantes que 'mulheres e rapazes bonitos' podem atraí-los para espionagem
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PEQUIM (Reuters) - A principal agência de espionagem da China alertou os estudantes com acesso a dados confidenciais para terem cuidado com 'homens bonitos e mulheres bonitas' que poderiam fingir sentimentos para atraí-los a espionar para entidades estrangeiras, comprometendo a segurança nacional.
O Ministério da Segurança do Estado da China divulgou na quarta-feira, em sua conta pública na mídia social WeChat, advertências detalhadas aos estudantes que, segundo a pasta, poderiam ser manipulados de várias maneiras para fornecer informações.
Disse que os departamentos de segurança do Estado descobriram que o pessoal de espionagem estrangeira e os órgãos de inteligência realizam um cortejo direcionado e infiltração de jovens estudantes.
'Eles se aproveitam das características da forte curiosidade e da disposição dos jovens estudantes para experimentar coisas novas', informou um comunicado.
A China vem reprimindo as ameaças percebidas à sua segurança nacional, divulgando vários avisos este ano aos seus cidadãos e revelando casos de espionagem que foram descobertos.
Os funcionários de agências de inteligência estrangeiras têm como alvo específico os estudantes universitários com acesso a dados de pesquisa científica confidenciais e sigilosos, disfarçando-se de acadêmicos de universidades e funcionários de instituições de pesquisa científica e empresas de consultoria, disse a agência.
Eles atraem jovens estudantes 'com oportunidades de meio período com altos salários em nome de pesquisas de mercado e intercâmbios acadêmicos', acrescentou.
Depois que os estudantes manifestam interesse, a agência disse que as agências de inteligência estrangeiras fornecerão o chamado treinamento e orientação gratuitos por meio de mídia social, telefone ou videoconferência.
Eles até colocam o 'disfarce de rapazes bonitos e mulheres bonitas, íntimos e atenciosos, arrastando jovens estudantes para a armadilha do amor com sentimentos falsos'.
A agência não forneceu detalhes específicos de nenhuma empresa estrangeira que tenha visado estudantes.
(Reportagem de Bernard Orr)
Escrito por Reuters
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