Comissário da UE pede que mais países do bloco proíbam Huawei e ZTE das redes
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Por Foo Yun Chee
BRUXELAS (Reuters) - O comissário para indústria da União Europeia (UE), Thierry Breton, pediu nesta quinta-feira que mais países do bloco se juntem aos dez que restringiram ou baniram as chinesas Huawei e ZTE de suas redes de telecomunicações 5G, citando riscos à segurança coletiva da região.
Nas últimas semanas, Breton expressou preocupações de que alguns países da UE ainda possuam componentes de alto risco em suas redes centrais de 5G, citando leis intrusivas de países terceiros sobre inteligência nacional e segurança de dados -- uma referência velada à China.
As diretrizes da UE adotadas há dois anos pedem aos seus 27 Estados-membros que avaliem o perfil de risco dos fornecedores, em nível nacional ou do bloco, e restrinjam ou proíbam fornecedores de 5G de alto risco em partes essenciais de suas redes de telecomunicações.
'Até o momento, apenas dez deles utilizaram essas prerrogativas para restringir ou excluir fornecedores de alto risco. Isso é muito devagar, representa um grande risco de segurança e expõe a segurança coletiva da União, pois cria uma grande dependência para a UE e vulnerabilidades sérias', disse Breton em coletiva de imprensa.
Ele disse que as decisões tomadas pelos países da UE para restringir ou bloquear a Huawei e a ZTE estavam justificadas e alinhadas às diretrizes de 5G do bloco, e instou as operadoras de telecomunicações a fazerem o mesmo.
A Alemanha está analisando componentes chineses em sua rede 5G, disse a ministra do Interior do país, Nancy Faeser, em abril, enquanto Portugal emitiu no mês passado uma resolução que poderá impedir operadoras de telecomunicações de usar equipamentos chineses em suas redes móveis 5G e plataformas 4G.
Huawei, ZTE e Pequim negam veementemente as alegações ocidentais de que os equipamentos das empresas podem ser usados para espionagem.
A Comissão Europeia também banirá a Huawei e a ZTE de suas próprias aquisições de serviços de telecomunicações, segundo Breton.
Escrito por Reuters
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