CoronaVac apresenta 100% de eficácia da vacina para casos graves e moderados de COVID-19
Instituto Butantan também afirma que há 78% para casos leves
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O governo do Estado de São Paulo anunciou em coletiva de imprensa hoje, dia 7 de janeiro, que a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, junto do Instituto Butantan, constatou na última fase de testes 78% de eficácia contra o novo coronavírus, além de 100% de proteção contra casos graves e moderados. Os resultados da nova pesquisa feita no Brasil sucedem as anteriores, que já indicavam o quanto a CoronaVac é segura.
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Apesar dos casos leves não obterem a completa proteção contra a infecção, a vacina contra o vírus da gripe, por exemplo, é cerca de 60 a 70% dos casos, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Juarez Cunha, em entrevista a Veja. Nesse caso, o imunizante contra o novo coronavírus, produzido pela Sinovac e o Butantan, confere uma porcentagem maior de segurança que a vacina que combate o vírus Influenza.
Segundo dados levantados durante a coletiva, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, enfatizou que a pesquisas feitas utilizando a CoronaVac foi feita com pessoas com maior risco de infecção pela COVID-19, como profissionais de saúde na linha de frente, enquanto diversas outras vacinas não foram testadas com o mesmo nível de perigo. Dimas Covas ainda detalhou o número de médicos, enfermeiros e outros colaboradores na área que participaram do estudo: 12 mil e 476 pessoas.
Covas informou que a vacina teve 100% nos casos graves e moderados, ou seja, houve diminuição completa nos dois grupos de pacientes. Além disso, o número de internações hospitalares também diminuiu em 100% das incidências, ou seja, ainda que o enfermo esteja com a doença, não há crescimento no quadro que leve a observação. Por último, 78% dos atendimentos ambulatoriais foram impedidos, enquanto os casos leves obtiveram os mesmos resultados. Isso indica que não há registro de pacientes que chegaram a óbito após receberem as doses da vacina, neste último teste.
O governo do estado anunciou a solicitação do uso emergencial da vacina no Brasil para a Anvisa, órgão que regula a aprovação dos imunizantes no país. Contudo, o governador João Dória enfatizou em tom de vitória o resultado, porém, manifestou um apelo a agência. “Que a Anvisa mantenha a sua independência, a sua autonomia pela ciência e pela vida, e em nenhum momento, mas em nenhum momento, pense em atender a qualquer tipo de pressão de ordem ideológica, ou de outro tipo de pressão, para prejudicar a velocidade hiperativa de oferecer a esta vacina a oportunidade de salvar vidas de brasileiros em nosso país”, disse Dória.
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