Democracia 'não está radicalmente pior' na UE do que há um ano, diz executivo do bloco
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Por Gabriela Baczynska
BRUXELAS (Reuters) - A mais recente análise de saúde da democracia da União Europeia mostrou que não houve deterioração significativa no bloco de 27 nações em áreas como liberdades de imprensa e jurídica ou nos esforços para combater a corrupção no ano passado, disse uma autoridade de alto escalão na quarta-feira.
A avaliação ocorreu quando o executivo da UE divulgou seu último relatório sobre o estado de direito, que inclui indicações para melhorias democráticas nos Estados membros da UE.
A análise do ano passado destacou sérias preocupações sobre o estado de direito na Polônia e na Hungria. Ambos os governos perderam acesso a bilhões de euros em ajuda da UE.
'Este relatório sobre o estado de direito mostra que não há piora ou retrocesso radical em nenhum Estado membro', disse a comissária de Valores e Transparência da UE, Vera Jourova.
'Nunca estarei satisfeita, em geral, porque há muitas coisas a serem melhoradas', continuou ela.
Jourova observou algumas melhorias na independência do judiciário na Hungria, mas o relatório ainda pede que o país se desenvolva em áreas como a independência da mídia e processos de corrupção de alto nível.
Sobre a Polônia, o relatório disse que não houve progresso em relação às recomendações de 2022, incluindo garantir a independência dos processos e procedimentos justos na concessão de licenças de mídia.
A Espanha, que realiza eleição em 23 de julho, também está entre os países alertados sobre o estado de seu judiciário. O relatório reiterou 'sérias preocupações' com a falta de renovação do Conselho Judiciário, o órgão superior de juízes do país.
Escrito por Reuters
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