Estudo mostra que dormir de luz acesa pode engordar
Segundo cientistas, isso estaria relacionado ao descontrole do relógio biológico.
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Um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine mostrou que, em cinco anos, pessoas podem ganhar, em média, cinco quilos apenas por dormirem com a luz acesa. E essa tendência foi notada com mais frequência em mulheres. “Houve um risco de 17% de ganhar esses quilos, mesmo depois do ajuste dos fatores de risco”, explicou Dale Sandler, principal autora da pesquisa, à CNN.
Segundo os pesquisadores, dormir com fontes de luz ligadas, como TV e lâmpadas, por exemplo, aumenta em 22% o risco de ganho de peso e em 33% a probabilidade de desenvolver obesidade.
E a explicação para esse efeito estaria na interferência que a incidência de luz durante a noite tem no funcionamento do relógio biológico e, consequentemente, no metabolismo.
Para chegar à conclusão, os cientistas americanos analisaram dados de aproximadamente 43 mil mulheres entre 35 e 74 anos. As informações foram coletadas de 2003 a 2009 e incluíam hábitos de sono, IMC e dormir ou não com alguma fonte de luz acesa.
As participantes foram então divididas em dois grupos: o de alta exposição (mais de uma fonte de luz dentro e/ou fora do quarto) e o de baixa exposição (uso de máscara ou sem luz durante o sono).
Ao fim do acompanhamento, a equipe descobriu que dormir com televisão ou luz ligadas estava associado ao ganho de cinco ou mais quilos, aumento de pelo menos 10% no IMC e maior risco de estar acima do peso ou obeso.
Apesar dos resultados, os cientistas ressaltam que o estudo teve limitações, como não determinar a relação causal, já que não é possível saber porque a luz produz este efeito, apenas supõem-se que esteja ligado ao relógio biológico.
“Não foi possível apontar diretamente a causalidade entre a exposição à luz do quarto durante a noite e o ganho de peso, mas o achado é definitivamente um passo nessa direção. Isso indica que precisamos respeitar nosso sono, ou seja, manter ambiente desprovido de qualquer tipo de luz”, concluiu Nathaniel Watson, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, à CNN.
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