Exercício pode ser um forte aliado no combate à hipertensão
Pesquisa recente mostrou que, no caso de pessoas com pressão alta, as atividades físicas surtiram efeito tão positivo quanto os medicamentos
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Segundo publicação do jornal latino-americano, ''El periódico de México’’, os exercícios podem ser tão eficientes como o uso de medicamentos receitados para diminuir a pressão arterial alta (140 mm Hg). É isso que aponta uma pesquisa, uma análise combinada dos dados disponíveis, publicada na edição digital de 'British Journal of Sports Medicine'.
Esse, aliás, é considerado o primeiro estudo que aborda o tema.
Os pesquisadores, no entanto, advertem que não existem muito ensaios comparativos diretos sobre a atividade física e os remédios que baixam a pressão arterial alta.
Segundo o autor principal, Huseyin Naci, do Departamento de Política de Saúde da Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres, Inglaterra, os resultados não devem de forma alguma motivar os pacientes a deixar de ingerir os medicamentos, e eles não devem se pautar apenas pelo sucesso da prática esportiva, neste momento. O indicado é que esse público possa ser impulsionado a aumentar os níveis de exercícios físicos realizados.
A tarefa pode reduzir a pressão arterial sistólica, a quantidade de pressão nas artérias quando o coração está batendo, e isso se expressa como o número mais elevado em qualquer leitura de pressão arterial.
Para tentar entender a relação, os cientistas agruparam os dados de 194 ensaios clínicos que analisavam o impacto dos remédios na redução da pressão arterial sistólica e 197 ensaios que avaliaram a influência do exercício estruturado em um total de 39.742 pessoas.
Atividades de resistência, o que inclui caminhar, trotar, correr, andar de bicicleta e nadar, e treinamento intervalado de alta intensidade; resistência dinâmica, como treinamento de força são todas consideradas estruturadas.
Foram feitas três séries de análises: todos os tipos de exercício foram comparados com todas as classes de medicamentos para reduzir a pressão arterial; diferentes tipos de exercício comparados com distintos tipos de remédios; e variadas intensidades de atividade física com diversificadas doses de medicações. Além disso, as avaliações foram repetidas em um grupo de ensaio de com voluntários que tinham pressão alta.