Fendi investe em couro feito de queratina
O tecido será criado pelo Imperial College London e à Central Saint Martins
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A Fendi é uma das maiores marcas da moda contemporânea. Agora está tomando a frente do futuro da indústria. Cada vez mais consciente e preocupada com o impacto ambiental a alta costura tem parado de usar o couro como matéria prima. Indo por outro caminho a Fendi está financiando pesquisa para a criação de couro a base de queratina.
O estudo é feito pelo colégio de tecnologia do Imperial College London e pela escola de moda e arte Central Saint Martins. A Fendi descreveu o projeto como “uma colaboração estratégica que aproveita o potencial da pesquisa acadêmica em design e ciência para criar protótipos de novos biotêxteis”.
Os pesquisadores exploram uma proteína fibrosa, a queratina, cultivada em laboratório. É a primeira vez que o material serve como base para a produção têxtil e tem chamado atenção pela quantidade de fibras que traz em sua composição.
Se o objetivo for alcançado, é provável que a matéria prima seja usada mais e em outras tendencias da indústria. “Estamos ativa e constantemente engajados na pesquisa e no desenvolvimento de novos recursos que podem oferecer opções ainda mais sustentáveis”, afirmou Serge Brunschwig, presidente e CEO da Fendi.
O anúncio foi feito em 22 de abril, quando se comemora o Dia da Terra. A pesquisa, que já vem acontecendo há dois anos, faz parte de uma grande parte dos investimentos da LVMH – detentora da marca Fendi – em pesquisas.
O grupo investe também pesquisas que busquem trabalhar com micro-organismos para sustentar e regenerar o meio ambiente. “A colaboração entre líderes mundiais em seus campos visa criar um produto totalmente novo que ajude a proteger o planeta”, destacou a empresa.
Cada vez mais uma moda consciente é necessária para que o meio ambiente se mantenha conservado e volte a crescer. Parceria entre grandes marcas e universidades, como este caso, é o caminho para um luxo regenerativo.
“É emocionante iniciar esta nova colaboração com a líder de luxo LVMH e Fendi, e uma especialista líder mundial em biodesign, professora Carole Collet, da Central Saint Martins”, declarou Tom Ellis, professor de engenharia no Colégio Imperial de Londres.
Nada ainda foi revelado sore a qualidade ou sobre diferenças do couro de queratina. Mas já sabemos que será diferente do couro sintético, um derivado do petróleo de baixa qualidade e durabilidade.
A qualidade será um fator vital ao final do trabalho, afinal não existe uma peça Fendi mal-feita. O público aguarda ansioso para a divulgação de protótipos.
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