Gritar traz risco maior de transmissão da Covid-19 do que cantar em voz baixa
Conclusão consta em estudo recente realizado no Reino Unido pelo projeto PERFORM e foi veiculado pela Agência Einstein, via UOL
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Um estudo recente realizado por pesquisadores do Reino Unido mostrou que gritar apresenta um risco maior de transmissão do novo coronavírus comparado a cantar em voz baixa ou respirar em silêncio. A conclusão consta em pesquisa do projeto PERFORM e foi veiculado pela Agência Einstein, via UOL.
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Liderada por pesquisadores de sete universidades e organizações de saúde britânicas, a pesquisa teve como objetivo encontrar recomendações para a realização segura de musicais ao vivo durante a pandemia.
No experimento, os cientistas calcularam a quantidade de aerossóis e gotículas liberadas por um grupo de 25 pessoas enquanto elas respiravam, falavam, tossiam ou cantavam, por exemplo. Os indivíduos também repetiram a letra de “Happy Birthday” (Parabéns Pra Você) em forma de canto e fala, seguindo intervalos de decibéis (db) de 50-60, 70-80 e 90-100.
Conforme os participantes aumentavam o volume da voz – cantando ou falando –, mostraram os resultados, a massa de aerossol expelida também crescia, sugerindo que a vocalização apresenta um risco maior de transmissão para a Covid-19.
O estudo recomenda que a realização de apresentações musicais deve levar em conta o volume e duração da vocalização, além do número de participantes e o ambiente em que a atividade ocorre, ao invés do tipo de vocalização. “Para mitigar os riscos, o uso de amplificadores e a maior atenção à ventilação também devem ser empregados”, acrescenta o documento.
A pesquisa, que também recebeu apoio das agências de saúde e de cultura ligadas ao governo local, foi a primeira realizada em um cenário de “fundo zero”, o que, segundo os cientistas, viabilizou a identificação inequívoca dos aerossóis produzidos em vocalizações específicas.
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