Judy Garland: Uma das maiores vozes de Hollywood
Alcançou a fama pelo ‘O Mágico de Oz’ e seguiu gravando canções
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Judy Garland é uma das maiores estrelas que já passaram pela Terra. Parafraseando Frank Sinatra para descrevê-la: "ela era a maior. O resto de nós será esquecido, mas nunca Judy". Poucos contestam essas afirmações, pois ela não era apenas uma atriz prodigiosa e versátil que apareceu em 34 filmes de Hollywood e venceu um Oscar aos 17 anos. Ela também possuía uma voz extremamente expressiva, com um timbre que lhe rendeu uma série de discos e três prêmios Grammy. E para completar, ela dançava. Combinando agilidade e precisão, seu talento lhe permitiu dançar ao lado de dois dos maiores artistas de Hollywood, Gene Kelly e Fred Astaire.
Este mês celebramos e lamentamos a estrela. Nascida em 10 de junho de 1922, a cantora faleceu 47 anos depois, 12 dias após seu aniversário. A Antena 1 vai relembrar sua trajetória com muita música para acompanhar! Confira:
Judy Garland nasceu Frances Gumm, a caçula de três filhas, nascida de pais que eram artistas de cinema. Desde cedo, absorveu a paixão de seus pais pela música e dança, subindo nos palcos aos dois anos de idade. Aos 13 anos, adotou o nome Judy Garland, em referência ao antigo grupo das irmãs 'Garland Sisters', e foi se apresentar em Los Angeles. Lá, a atriz mirim foi escolhida por um caçador de talentos para fazer audições para o estúdio de cinema da MGM.
Foi nesse momento que a vida de Judy mudou: quando ela foi escalada como Dorothy Gale em 'O Mágico de Oz'. A música pela qual ela se tornou sinônimo foi a balada sonhadora “Somewhere Over The Rainbow”, que liderou as paradas norte-americanas e rendeu à jovem um Oscar.
É justo dizer que, como demonstrado no filme em sua homenagem lançado em 2019, por trás de toda essa grandiosidade, havia uma alma vulnerável e perturbada. Ela foi profundamente afetada pelo sistema de Hollywood que a criou, com muitos traumas iniciais deixando cicatrizes que a acompanharam pelo resto da vida.
Em termos de música, suas primeiras gravações transmitiam sempre uma Judy feliz e despreocupada. Com o tempo, sua vida privada se infiltrou em suas canções, e uma sensação de mágoa e tristeza dominou seu repertório. A mistura de fragilidade com sua garra pelo trabalho foi o que cativou seu público, especialmente quando ela estava ao vivo no palco.
Os álbuns de Garland que foram gravados durante suas apresentações oferecem um retrato vívido da dramaticidade que ela trazia ao palco. Seu primeiro disco ao vivo, "Judy Garland At The Grove", lançado em 1959, foi uma representação poderosa de seus shows. Em seguida, ela fez sua gravação mais famosa em um concerto: o icônico "Judy At Carnegie Hall", um álbum duplo de 1962 dedicado às músicas do Great American Songbook.
Essa apresentação marcou seu retorno triunfal e rendeu à cantora dois prêmios Grammy: Álbum do Ano e Melhor Performance Vocal Solo Feminino. Pontuando suas performances vocais notáveis com um tom bem-humorado, os destaques musicais vão desde sua versão suave de "When You're Smiling" até "That's Entertainment", que mostra seu lado enérgico e pulsante, sempre com um vocal perfeitamente calibrado.
Infelizmente, Garland nos deixou jovem. No entanto, construiu um legado extremamente rico, com muitos filmes e gravações memoráveis que conferiram imortalidade à sua arte. As canções performadas não apenas revelam o quanto ela derramou seu coração e alma em suas performances, mas também mostram como ela nunca tentou ser outra pessoa além de sua autêntica essência. Garantindo seu lugar na história, ela dizia "Seja sempre a melhor versão de si mesmo, em vez de uma versão inferior de outra pessoa". E ela manteve-se fiel a esse lema até o fim.
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