Juiz de caso civil de fraude de Trump investigará possível perjúrio de ex-diretor financeiro

Por Jack Queen

(Reuters) - O juiz de Nova York supervisionando o julgamento civil de fraude de Donald Trump pediu aos advogados do caso informações sobre possível perjúrio do antigo diretor financeiro do ex-presidente dos Estados Unidos, que estaria enfrentando acusações criminais por ter mentido no banco das testemunhas.

Em uma carta registrada na terça-feira, o juiz Arthur Engoron disse aos advogados de Trump e ao gabinete da Procuradora-Geral de Nova York que quer saber se o ex-diretor financeiro da Organização Trump, Allen Weisselberg, “está admitindo que mentiu sob juramento no meu tribunal”.

Engoron afirmou que a questão pode afetar o momento em que ele dará sua decisão final sobre o caso, que é esperada para meados de fevereiro.

Advogados de Weisselberg não responderam a pedidos de comentários em um primeiro momento.

Trump, o favorito à indicação do Partido Republicano para a eleição presidencial deste ano nos EUA, é acusado no processo pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, de ter inflado seu patrimônio em bilhões de dólares para garantir melhores termos de empréstimos.

James, uma democrata eleita, busca 370 milhões de dólares em indenizações e restrições fortes à capacidade de Trump de fazer negócios em Nova York.

Trump negou ter cometido qualquer irregularidade e disse que o caso era uma vingança política.

O New York Times publicou na semana passada que Weisselberg, também um réu no processo, está “negociando um acordo com promotores de Manhattan que exigiria que ele se declarasse culpado de perjúrio” por depor que não teve um papel nas declarações falsas de Trump sobre os valores das suas propriedades.

(Reportagem de Jack Queen)