Lukashenko diz que atiradores em sala de shows tentaram ir para Belarus, contradizendo Putin
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LONDRES (Reuters) - O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse nesta terça-feira que os homens armados que atacaram a casa de shows Crocus City Hall em Moscou na sexta-feira tentaram fugir para Belarus em um primeiro momento, e não para a Ucrânia, como autoridades russas, incluindo o presidente Vladimir Putin, haviam dito.
Putin afirmou que a Ucrânia havia preparado uma 'janela' para os agressores cruzarem a fronteira -- atualmente uma zona de guerra.
A Ucrânia negou veementemente qualquer envolvimento, mas dois dos mais poderosos aliados de Putin, o presidente do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, e o chefe do serviço de segurança estatal FSB, Alexander Bortnikov, culparam diretamente Kiev pelo ataque, sem apresentar evidências.
Lukashenko, por sua vez, aliado próximo de Putin, disse a jornalistas que serviços de segurança russos e bielorrussos coordenaram suas ações enquanto o carro dos suspeitos fugia de Moscou na direção sudoeste para a região de Bryansk, na fronteira tanto da Ucrânia quanto de Belarus, onde foi apreendido.
Ele afirmou que Belarus rapidamente organizou pontos de checagem na fronteira.
'É por isso que eles não conseguiram entrar em Belarus. Eles viram isso, deram meia volta e foram para a região da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia', disse, segundo a agência de notícias estatal BeITA.
Autoridades norte-americanas disseram que os Estados Unidos têm informações confirmando a reivindicação do Estado Islâmico pela responsabilidade do ataque. O próprio Putin reconheceu que militantes islâmicos o realizaram, mas diz querer saber quem deu a ordem.
Escrito por Reuters
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