Mamma Mia! Como as Canções do ABBA se Tornaram um Fenômeno Musical
Descubra a história por trás do sucesso global do musical "Mamma Mia!", desde as músicas icônicas do ABBA até a criação da peça e seu impacto cultural.
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Para alguns, o ABBA tornou-se conhecido através do filme "Mamma Mia!", eternizado pelas atuações de Meryl Streep e Amanda Seyfried. No entanto, a história por trás dessa conexão vai além da mera coincidência. Quando Björn Ulvaeus e Benny Andersson compuseram as obras, não havia nenhuma ideia de costurar as suas narrativas e tecer uma história.
Após já terem lançado os seus álbuns de maior sucesso e atingido o auge de sua carreira – que nunca decaiu, diga-se de passagem – e, principalmente, um ano depois de sua última apresentação como grupo, houve um encontro importante para os integrantes.
Em 1983, Björn já estava separado de Agnetha Fältskog, sua ex-esposa e ex-integrante da banda, e a icônica música “The Winner Takes It All” havia feito história ao alcançar o 1º lugar na Bélgica, Irlanda, Holanda, África do Sul e Reino Unido. Expressando as dores de um término e a dura sensação de se sentir um perdedor diante do jogo do amor, ela tocou milhões de pessoas ao redor do mundo. Uma delas foi Judy Craymer.
A produtora britânica encontrou a dupla responsável por compor as músicas da banda, Björn Ulvaeus e Benny Andersson, enquanto eles trabalhavam com o diretor Tim Rice na criação da trilha sonora do musical Chess. Craymer, ao ouvir a música "The Winner Takes It All", se sentiu inspirada por sua narrativa e enxergou nela o potencial de se tornar um fio condutor para um musical. A princípio, Ulvaeus e Andersson não se mostraram entusiasmados com a ideia, mas, após serem convencidos, embarcaram no projeto.
A Produção
Em 1997, a roteirista Catherine Johnson foi encarregada de escrever o libreto do musical, enquanto Phyllida Lloyd assumiu a direção. Björn e Benny, os "B's" do ABBA, desempenharam papeis cruciais no desenvolvimento e na produção do musical desde o início. Anni-Frid Lyngstad, outra integrante do ABBA, contribuiu financeiramente para a obra e participou de diversas estreias ao redor do mundo. Agnetha Fältskog, a quarta integrante do grupo, foi a única que não se envolveu na criação ou produção do musical.
"Mamma Mia!" estreou no teatro West End de Londres em 6 de abril de 1999 e, desde então, conquistou o mundo. O musical, que gira em torno da relação entre uma mãe e sua filha e seus três possíveis pais, já foi assistido por mais de 70 milhões de pessoas em mais de 450 cidades e traduzido para 16 idiomas, inclusive o português.
O sucesso do musical gerou também dois filmes de incrível repercussão: "Mamma Mia!" (2008) e "Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo" (2018). "Mamma Mia!" é o terceiro musical mais antigo da história do West End, atrás apenas de "Os Miseráveis" (1985) e "O Fantasma da Ópera" (1986).
Celebrações
Durante a comemoração dos 25 anos do musical em Londres, Björn Ulvaeus fez um discurso emocionante, expressando sua gratidão e humildade diante do impacto que o ABBA e suas músicas tiveram na vida de tantas pessoas.
“O fato de que de alguma forma o ABBA conseguiu tocar tantos milhões de vidas ao redor do mundo, geração após geração e as pessoas me perguntam ‘como você se sente ao saber disso?’, e essa é uma pergunta muito boa e muito difícil de responder. ”, disse o ex-líder da banda, que hoje completa 79 anos.
Ulvaeus acrescenta: “É um sentimento muito evasivo. Tem mais a ver com gratidão e humildade do que com orgulho, porque te emociona saber que tantas pessoas ouviram algo que você criou e que ficaram felizes ou tristes com isso, e que isso significou muito em suas vidas.”
Björn Ulvaeus: Um Ícone Musical e Defensor dos Direitos Autorais
Além de sua carreira no ABBA , uma curiosidade é que Björn Ulvaeus também é presidente da Cisac, entidade que defende os direitos de autores e compositores. Ele é um dos compositores pop mais prolíficos da história, com mais de 150 hits.
Ulvaeus se destaca como um defensor ferrenho do direito autoral, especialmente no atual momento crucial para a indústria musical e cultural. Ele reconhece o potencial da inteligência artificial como ferramenta criativa, mas também alerta para a necessidade de proteger os direitos dos compositores originais. Em suas palavras, “é importante ser defensivo e ofensivo ao mesmo tempo como criador, porque [a IA] é uma ferramenta fantástica. Temos que lutar pelos compositores dessas músicas para que eles possam ser remunerados de uma forma ou de outra.”
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