Brasil confirma morte relacionada a varíola dos macacos, a primeira fora da África
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Por Pedro Fonseca
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira a primeira morte no país relacionada a varíola dos macacos, de um paciente com comorbidades que estava hospitalizado em Belo Horizonte.
'Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 41 anos, com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro', informou o ministério em nota.
A causa de óbito foi choque séptico, agravada pela varíola dos macacos, acrescentou a pasta.
É a primeira morte pela doença fora da África desde que a varíola dos macacos voltou a atrair a preocupação das autoridades sanitárias mundiais.
No fim de semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a enfermidade uma emergência de saúde global, seu nível mais alto de alerta, com mais de 18.000 casos relatados globalmente. Até esta sexta-feira, cinco mortes tinham sido relatadas no mundo pela doença, todas no continente africano.
No Brasil, o ministério anunciou na quinta-feira a criação de um Centro de Operações de Emergência para preparar um plano de contingência para enfrentar o surto da doença.
Até o momento, o país registra 978 casos da doença, a grande maioria (744) em São Paulo, de acordo com dados do ministério.
A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) informou nesta semana que criou um comitê técnico para analisar protocolos, medicamentos e outras questões ligadas à varíola dos macacos. O objetivo é acelerar procedimentos, inclusive a aprovação de testes, tratamentos e vacinas.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse na quarta-feira que está 'bem avançada' nas negociações com um produtor para comprar vacinas contra a doença, e que espera que algum suprimento chegue ainda este ano à região, embora em quantidades limitadas.
Escrito por Reuters
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