Motorista israelo-americano é morto na Cisjordânia após colonos atacarem palestinos
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Por Ammar Awad
HAWARA, Cisjordânia (Reuters) - Supostos atiradores palestinos mataram um motorista israelo-americano na Cisjordânia ocupada nesta segunda-feira, depois que colonos judeus invadiram um vilarejo palestino em uma onda de violência que desafiou os esforços dos Estados Unidos para que os dois lados colaborem pela segurança.
Autoridades israelenses disseram que no último incidente palestinos realizaram vários disparos em uma rodovia perto de Jericó, matando um israelense em seu carro antes de fugir. O Departamento de Estado dos EUA disse que a pessoa morta também era cidadã dos EUA.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade por nenhum grupo palestino. O Departamento de Estado não identificou a pessoa morta.
Israel reforçou suas guarnições na Cisjordânia depois que dois irmãos de um assentamento judaico foram mortos a tiros no domingo, desencadeando o tumulto de colonos no qual um palestino foi morto, dezenas ficaram feridos e dezenas de carros e casas foram incendiados.
A semanas do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do festival da Páscoa judaica, mediadores estrangeiros têm procurado conter as tensões que surgiram depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuperou o poder à frente de uma coalizão de extrema-direita.
Os eventos lançam dúvidas sobre a capacidade de Netanyahu de andar na corda bamba diplomática entre Washington --que pressiona seu governo por um acordo duradouro-- e seu próprio gabinete, que inclui colonos de linha-dura exigindo ação dura contra os ataques palestinos.
Em um briefing regular para repórteres, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, condenou os ataques de ambos os lados e saudou as declarações de Netanyahu pedindo o fim do que Price descreveu como 'violência de vigilante' por parte dos colonos.
'Esperamos que o governo israelense assegure a responsabilização total e o processo legal dos responsáveis por esses ataques, além da compensação pelas casas e propriedades perdidas', disse Price.
No domingo, a Jordânia, com diplomatas dos EUA, sediou uma rara reunião em que autoridades israelenses e palestinas prometeram uma desaceleração nos anúncios de assentamentos judaicos pelo governo de Netanyahu e reafirmaram acordos de paz anteriores.
(Reportagem de Rami Amichay, Ali Sawafta, Ammar Awad, Ari Rabinovitch, Nidal al-Mughrabi)
Escrito por Reuters
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