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‘Nina Cried Power’: Como Nina Simone influenciou Hozier

Saiba mais sobre o single produzido em parceria com Mavis Staples

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Com hits pop bilionários dominando a indústria musical em 2014, uma faixa ícone de rock-alternativo entrou em ascensão: “Take me to Church”, do compositor irlandês, Hozier. O single de estreia e lançamento independente, atingiu o número dois no Billboard Hot 100, comercializou 1 milhão de cópias do álbum autointitulado e concorreu ao Grammy de Música do Ano.

Mesmo passando por dificuldades na época da composição do single, tendo que escrever e gravar a música no sótão da casa de seus pais, o cantor conquistou uma estreia singular na indústria. A unicidade da sua composição que utiliza terminologia religiosa para descrever um relacionamento romântico diante da descriminação provavelmente foi uma das principais razões disso.

Apesar de nenhuma faixa do artista alcançar o mesmo patamar de vendas, Hozier continuou fazendo história com seus arranjos, com destaque para a música tema do seu EP “Nina Cried Power”. Com participação especial de Mavis Staples, o cantor irlandês faz homenagem a diversos artistas, ativistas e defensores de movimentos sociais que mudaram o mundo através de suas obras.


Autointitulado em homenagem a Nina Simone, não é à toa que o single foi pensado como uma música de intervenção e trouxe uma reflexão sobre a importância da música para tornar o mundo um lugar melhor. Joni Mitchell, John Lennon, James Brown, Bob Dylan, e Patti Smith também são lembrados ao longo da faixa. Com produção robusta, a canção apresenta percussão e melodia marcante que se aprofunda, enquanto Hozier conta todos os retrocessos em relação aos direitos civis que se passam no mundo.

Meu objetivo era creditar a realidade da esperança, solidariedade e amor encontrados no espírito humano em uma era onde os seus opostos tiveram espaço nas plataformas mainstream 24 horas por dia e 7 dias por semana. A canção começou como uma crítica direta à linguagem popular moderna relacionada à consciência política e partiu daí. De várias formas a música é um agradecimento ao legado de artistas do Século 20 cujos trabalhos nos inspiram, e aqueles dos quais tiramos forças em tempos de incerteza. Mavis Staples é uma dessas artistas. Trabalhar com ela nessa canção foi nada mais, nada menos do que um sonho realizado”, disse Hozier sobre a música.

A obra se torna ainda mais icônica ao lembrar da participação de Mavis Staples, cantora americana de blues e gospel que também é ativista dos direitos civis e que já trabalhou ao lado de Martin Luther King durante a era que ele também lutava pela mesma causa. É uma música de protesto e luta, que faz referência a eventos que datam desde 1600, com citações de personagens ao longo da história que lutaram pela liberdade. Hozier valoriza aqueles que lutaram incessantemente e diligentemente por aquilo em que acreditavam.

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