Os 10 compositores preferidos de David Bowie
Conheças alguns artistas que influenciaram a carreira do Camaleão do Rock
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Em 2015, a revista Rolling Stone elegeu David Bowie como um dos maiores compositores de todos os tempos. Mas você sabe quais foram as suas principais inspirações e influências musicais? Ou melhor dizendo, quem foram os ídolos da música que o impulsionaram a se tornar um? Bom, para responder a essa pergunta, nós compilamos uma lista com os 10 compositores preferidos do astro do rock, de acordo com a revista Far Out. Confira:
David Bowie é indiscutivelmente um dos artistas mais originais e autênticos da história da indústria musical. Mas como dizia Antoine Lavoisier, “nada se cria, tudo se transforma”. E neste sentido, até mesmo a personalidade única, fluída e singular do Camaleão do Rock precisou buscar inspiração em outros compositores para moldar a sua forma de enxergar, compor e produzir a sua discografia.
Bob Dylan, por exemplo, artista condecorado com o maior compositor de todos os tempos pela Rolling Stone, foi homanegeado em uma das faixas do quarto álbum de estúdio do cantor - "Hunky Dory”, em 1971.
Com a canção “Song For Bob Dylan”, Bowie referenciou o seu ídolo pelo seu nome de batismo, com o verso “Hey Robert Zimmerman, eu escrevi uma música para você”, para introduzir uma série de elogios à sua voz e a sua perspicácia musical.
Com a música, o jovem camaleão do rock descreveu a voz de Dylan como “areia e cola”, para enfatizar a sua voz nasal e áspera, capaz de transmitir e eternizar mensagens significativas para o mundo. Além disso, o termo, usado anteriormente por Joyce Carol Oates, atuou como um instrumento para homenagear a capacidade de ser amado e ouvido do compositor de “Like a Rolling Stone”.
Sobre a sua relação pessoal com Dylan, no entanto, David Bowie comentou nutrir uma profunda admiração, considerada por ele, unilateral.
“Eu apenas falei com ele por horas e horas e horas, e se eu o diverti, o assustei ou o repulsei, eu realmente não sei. Não esperei por nenhuma resposta. Eu simplesmente continuei falando sobre tudo”.
Mas Dylan não foi o único que atraiu a admiração de Bowie, embora pouquíssimos artistas tenham, de fato, influenciado a sua produção fonográfica. Sobre a faixa “Kingdom Come”, uma colaboração com Tom Verlaine, por exemplo, ele comentou:
“Acho que ele é um dos melhores novos compositores de Nova York. Ele é realmente incrível. Acho que ele tem… gostaria que ele tivesse um público muito maior. Tenho certeza que ele terá um público muito maior em breve”.
Sobre Frank Black, vocalista, guitarrista e compositor dos Pixies - banda de rock alternativo dos Estados Unidos, Bowie rasgou elogios para evidenciar o dinamismo dos seus versos.
“As permutações que ele criou dentro dos diferentes assuntos que tratou eram tão inusitadas que me chamaram a atenção imediatamente. […] É feito sem esforço e com muita diversão e entusiasmo; há um grande senso de humor subjacente a tudo que faz”.
Lou Reed, por sua vez, compositor da The Velvet Underground e talvez a maior influência para o apogeu do alien Ziggy Stardust, uma das personas mais marcantes da carreira do nosso homenageado, foi uma das figuras mais marcantes para a sua trajetória.
Com um raio pintado em seu rosto, David Bowie performou covers de ‘I’m Waiting for the Man’ e ‘White Light/White Heat’ , além de ter escrito a canção “Queen Bitch”, como um tributo ao estilo de composição e à visão de mundo de Lou Reed.
Além disso, durante o seu último show como o famigerado Ziggy Stardust, Bowie reverenciou Reed como o “maior e mais importante compositor underground [na época] trabalhando na cena”, destacando mais uma vez toda a sua admiração pelo guitarrista.
E as inspirações continuam com nomes como Scott Walker, Robert Wyatt, Little Richard, Tucker Zimmerman, David Byrne e, fundamentalmente, John Lennon. Sobre o compositor e o seu membro preferido dos Beatles, a maior banda de todos
tempos, Bowie enfatizou:
“Ele [Lennon] foi provavelmente um dos homens mais brilhantes, perspicazes e sinceramente socialistas que já conheci na minha vida. Socialista na sua verdadeira definição, não num sentido político fabricado, um verdadeiro humanista, e tinha um sentido de humor realmente rancoroso que, claro, sendo inglês, eu adorei.”
Ainda, durante a sua introdução à Berklee College of Music, ele continuou:
“É impossível para mim falar sobre música popular sem mencionar provavelmente meu maior mentor, John Lennon”, disse ele. “Acho que ele definiu para mim, de qualquer forma, como alguém poderia torcer e virar o tecido do pop e impregná-lo com elementos de outras formas de arte, muitas vezes produzindo algo extremamente bonito, muito poderoso e imbuído de estranheza.”
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