NOTÍCIAS SOBRE David Bowie

Nos anos 1970, a Grã-Bretanha parecia afundar em um limbo cinzento. O fervor do utópico "Verão do Amor" havia se dissipado, dando lugar a crises econômicas, tensões políticas e uma sensação generalizada de decadência nacional. Nesse cenário melancólico, o glam rock surgiu como um raio de luz, trazendo uma explosão de cores, sons eletrizantes e uma atitude desafiadora. Mais do que um simples gênero musical, ele se tornou uma declaração cultural, um antídoto contra o tédio e a seriedade que haviam tomado conta da cena musical da época.

Enquanto o mercado estava sendo preenchido cada vez mais com artistas com um padrão: ‘cabelos longos, jeans desbotados que abraçavam a introspecção e os ideais remanescentes do Flower Power’; o glam rock oferecia o oposto: rejeitava a austeridade e celebrava o diferente. Não queria mudar o mundo — queria escapar dele. Com maquiagens marcantes, figurinos extravagantes e uma teatralidade que beirava a performance artística, o glam era mais que música, era uma celebração descarada do exagero. Como um 'delírio coletivo’ que desafiava as convenções e instigava o público a sonhar mais alto.

O Glamour Pop de Elton John

David Bowie como Ziggy Stardust: O Símbolo de uma Era

Imagine o impacto de uma banda composta por David Bowie, Paul McCartney e John Lennon. Esse sonho quase se concretizou numa noite de 1974 - há literalmente 50 anos atrás - durante uma improvável reunião no Hotel Pierre, em Nova York, onde o "Camaleão do Rock" estava hospedado enquanto tentava se recuperar da sua vida frenética.

O vocalista do The Smiths, Morrissey, construiu uma carreira musical inquestionável. A banda britânica pavimentou o caminho do Rock Indie para todas as que vieram – praticamente fundando o gênero musical, junto a outras da época. Morrissey, além de cantor, é compositor e já foi considerado o melhor letrista de música popular britânica da história, no livro Morrissey: The Pageant of His Bleeding Heart ("Morrissey: A encenação de seu Coração que Sangra", em tradução livre).

O acadêmico escocês Gavin Hopps, professor sênior da Universidade St Andrews (frequentemente considerada a terceira melhor do Reino Unido nos rankings), é especialista em romantismo britânico e defendeu que a produção artística de Morrissey pode ser equiparada aos escritos de figuras literárias renomadas como Samuel Beckett e Oscar Wilde, além de se alinhar ao humor de icônicos comediantes britânicos, como Frankie Howerd e George Formby. Definitivamente, existe uma profundidade nas suas composições, que costumavam ser anti-establishment, abordando questões como marginalidade, exclusão e solidariedade com os desfavorecidos.

O “Forrest Gump do pop”, Nile Rodgers, completa 72 anos hoje. Seja no front stage, seja no backstage, ele esteve presente em praticamente todos os maiores acontecimentos no mundo da música. Ao portal g1, em 2019, o músico disse em entrevista que muitas pessoas o chamam assim, uma vez que ele está em todos os lugares. E, segundo Rodgers, “E eu digo que é porque eu saio muito. Sempre estou fazendo algo, então coisas acontecem à minha volta – muitas vezes eu sou o motivo para acontecerem. Eu me sinto o músico mais sortudo do mundo."

Em meio a tantos questionamentos acerca da indústria fonográfica atual e dos rumos que a música está tomando, uma pessoa que já vivenciou tantas eras criando e produzindo e permanece se reinventando precisa saber navegar nesse meio muito bem. Mais do que isso, Rodgers poderia ter parado depois de tantos marcos indeléveis no mundo da música. Porém, o seu talento e seu conhecimento são tamanhos que ele conseguiu produzir sucessos atemporais por 5 décadas.

Confira seus maiores marcos ao longo dos anos:

Encontrar imagens inéditas de grandes astros que já nos deixaram é um verdadeiro tesouro, especialmente quando se trata de David Bowie, um dos maiores ícones da música. Recentemente, foi revelado um novo vídeo para "Starman" que combina a música com cenas nunca antes vistas, filmadas pelo renomado fotógrafo Mick Rock.

As filmagens foram realizadas entre 1972 e 1973, enquanto Bowie estava em turnê promovendo o álbum “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars”. O clipe inclui close-ups das botas vermelhas brilhantes do artista e das mãos dos fãs estendidas em direção ao palco, enquanto o guitarrista Mick Ronson se aproxima. Também são apresentadas perspectivas únicas de Bowie, com seu icônico cabelo vermelho, cantando a música em cenas coloridas e em preto e branco.

A edição “Atmos” do álbum, prevista para lançamento em 06 de setembro, trará o projeto em áudio espacial. Ken Scott, que co-produziu o álbum original, realizou o mix Atmos junto com Emre Ramazanoglu no RAK Studios de Londres.

A grande maioria dos artistas que fizeram sucesso na década de 1960 ficou famosa com seu primeiro álbum. No caso de David Bowie, não foi bem assim. Sua estreia, lançada em 1967, afundou como uma pedra e não atraiu muita atenção crítica ou comercial no Reino Unido, muito menos em outros países.



Bowie sabia muito bem que sua estreia era um pouco obscura, mas isso tinha funcionado como diferencial de muitos dos artistas contemporâneos, como Marc Bolan e Syd Barrett. No entanto, aparentemente o mundo não estava pronto para os caprichos bizarros das canções do primeiro álbum de Bowie.

O rock 'n' roll, por natureza, desafia o status quo. A aceitação de títulos de nobreza por músicos coloca em xeque essa essência rebelde, gerando debates acalorados entre os fãs. A atitude de John Lennon ao devolver sua honraria em 1969 serve como marco dessa discussão, mostrando como a música pode ser uma ferramenta de ativismo político.

Em uma carta, ele disse à Rainha Elizabeth II: "Estou devolvendo meu título de MBE como um protesto contra o envolvimento da Grã-Bretanha na questão Nigéria-Biafra, contra nosso apoio à América no Vietnã e contra 'Cold Turkey' escorregando nas paradas".

David Bowie sempre se destacou como uma figura única no cenário musical. Ao longo do século XX, ele brilhou com suas ideias, constantemente reinventando-se, como um verdadeiro ícone do rock. Sua habilidade de transcender gêneros e transformar sua própria identidade em arte era inigualável, o que fez com que poucos artistas o impressionassem ou, mais raramente, o deixassem com ciúmes. Bob Dylan, no entanto, era uma exceção notável.



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Imagine ser o camaleão do rock nos anos 80 e não poder sair em público por estar no ápice do seu sucesso comercial? Foi por isso que David Bowie teve que implementar técnicas para se disfarçar, e seu agente de relações públicas Alan Edwards contou todos os detalhes de como ele fazia isso para a revista britânica New Musical Express!

Alan era o gigante agente de relações públicas daquela época, tendo trabalhado também com os Rolling Stones, Prince e Britney Spears. Ele é o fundador da firma britânica chamada “The Outside Organization” e inclusive publicou um livro contando um pouco sobre os bastidores desta profissão, chamado “I Was There: Dispatches from a Life in Rock and Roll”.

Dentro da indústria musical, nós já tivemos uma série de artistas pertencentes à comunidade LGBTQIA+, como George Michael, Elton John, Madonna, Whitney Houston, David Bowie e, é claro, Freddie Mercury! Inclusive, o vocalista do Queen já colaborou com Bowie em um projeto que, além de ser considerado um dos maiores sucessos dos anos 80, também transcendeu gerações e foi eternizado como uma das parceiras mais emblemáticas de todos os tempos!

Então, em homenagem ao mês que celebra o Orgulho LGBT, relembre conosco o sucesso de “Under Pressure”, uma das músicas mais famosas dos anos 80!

David Bowie é um eterno ícone da música! Nesta sexta-feira (24), foi aniversário de meio século de existência do icônico álbum "Diamond Dogs". Este trabalho, lançado em 24 de maio de 1974, continua sendo uma referência fundamental na vibrante cena glam rock dos anos 70, na qual Bowie se destacou com sua mistura única de sexualidade, androginia, ficção científica e espetáculos visuais deslumbrantes.

O álbum de 11 faixas marcou a primeira obra de estúdio de Bowie com músicas originais após a dissolução de sua banda de apoio, The Spiders from Mars. Este momento crucial em sua carreira não apenas refletiu sua capacidade de explorar novas direções musicais, mas também consolidou sua posição como um dos principais nomes da época.

Com o fim dos Spiders from Mars, Bowie assumiu a responsabilidade pela guitarra solo, demonstrando sua versatilidade e talento. Uma das faixas mais memoráveis, "Rebel Rebel", lançada como single em fevereiro de 1974, rapidamente conquistou o público, alcançando a 5ª posição nas paradas do Reino Unido. Esta canção se firmou como um dos maiores clássicos de Bowie, destacando-se pelo seu riff inconfundível e letra provocadora.

Um box set exclusivo contendo 29 faixas inéditas de Ziggy Stardust, o alter-ego mais famoso de David Bowie, será lançado no dia 14 de junho deste ano. A coletânea, denominada como “Rock’n’Roll Star”, será dividida em 5 CDs, que incluirão demos de composições, ensaios caseiros, apresentações ao vivo e versões alternativas de grandes sucessos do astro do rock, falecido em janeiro de 2016.

Além disso, uma versão Blu-Ray complementar do projeto contará com uma remasterização de 2012 do álbum original Ziggy Stardust com mixes adicionais de 2003, bem como uma versão do especial “Waiting in the Sky (Before the Starman Came to Earth)”, lançado em abril deste ano.

O objetivo do box, por sua vez, será levar os fãs do Camaleão do Rock a uma jornada de descobrimento do processo de composição e criação do disco “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, lançado originalmente em 1972. Assim, além da coleção de faixas remasterizadas, o especial também contará com documentos e gravações de época.