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Petrobras avalia como atrair investimentos de árabes para fertilizantes, diz CEO

Placeholder - loading - CEO da Petrobras Jean Paul Prates  17/07/2023 REUTERS/Ricardo Moraes
CEO da Petrobras Jean Paul Prates 17/07/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras estuda formas de atrair investimentos de empresas do Oriente Médio, como Arábia Saudita e Catar, que poderiam garantir gás a preços mais competitivos para o Brasil ampliar a produção de fertilizantes nitrogenados, disse o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

O executivo, que encomendou estudos sobre potenciais sociedades com a Petrobras, avalia que os investidores poderiam participar como minoritários da construção de novas plantas ou na modernização de outras unidades da empresa no Brasil, enquanto a estatal poderia ter uma unidade no Oriente Médio, em um 'investimento cruzado'.

A Petrobras busca viabilizar a conclusão de uma unidade de fertilizantes nitrogenados em Mato Grosso do Sul, cujas obras estão paralisadas há alguns anos. A empresa ainda tem fábricas de nitrogenados arrendadas para a Unigel, sendo que uma delas está parada na Bahia.

Prates também não descartou a possibilidade de investimentos da Petrobras no Oriente Médio.

'O que estamos falando é de investimentos cruzados por conta dos fertilizantes... Nós temos gás, mas o nosso é mais caro que o deles. Qual a forma de juntar as coisas através de um interesse mútuo? Fazer um investimento cruzado', disse Prates pelo telefone, diretamente de Dubai, onde esteve participando da conferência sobre clima COP 28.

O executivo explicou que estudos encomendados devem ficar prontos no começo de 2024.

Essa eventual parceria com árabes se convencionou a chamar de Petrobras Arábia, disse Prates.

Em Dubai, ao ser questionado sobre a possibilidade de a Petrobras ter uma subsidiária na Arábia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o CEO da estatal tem a 'mente fértil', ao afirmar que não tinha conhecimento do projeto.

Prates, contudo, defendeu que 'criar empresa em outro país é uma estratégia comercial'.

Segundo ele, se os estudos avançarem e resultarem em parceiras efetivas, o anúncio será feito pelo presidente Lula.

O CEO da Petrobras já fez duas viagens este ano ao Oriente Médio para participar de fóruns e aproveitou para conversar com representantes locais sobre projetos de interesse do Brasil.

Escrito por Reuters

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