Ray Charles em Cena: Descubra os Segredos Ocultos do Ícone da Soul!
Baseado nas memórias do filho do artista, o musical ‘Ray — Você Não Me Conhece’ é uma imersão na trajetória do gênio
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Ray Charles é mais que uma lenda musical: ele é o próprio Rhythm and Blues em movimento, uma influência reverenciada de Elvis Presley a Aretha Franklin e Stevie Wonder. Conhecido como “o Gênio”,Charles alcançou uma raridade quase sagrada — ser exaltado por ninguém menos que Frank Sinatra, famoso por poupar elogios.
Agora, essa trajetória repleta de emoção e complexidade ganha vida no palco brasileiro com o musical Ray — Você Não Me Conhece, que estreia no Teatro B32, em São Paulo, no dia 1º de novembro. A partir dessa data até 14 de dezembro, o espetáculo estará em cartaz todas as sextas, sábados e domingos.
O espetáculo, inspirado no livro de Ray Charles Jr., oferece um mergulho nas memórias e na alma de Ray Charles, com César Mello — indicado ao Prêmio Bibi Ferreira — assumindo o desafio de personificar o artista. Em entrevista à Antena 1, Mello revelou o caminho para encontrar a essência de Ray: “a gente começa do começo”. ele brinca.
Ele contou que seu primeiro passo foi simples, mas essencial: “ligar e sintonizar a rádio e ouvir”. "A primeira coisa é ouvir muito Ray Charles", ele explica. "Então eu comecei a ouvir muito e cantar junto com ele pra já começar a cantar, ou tentar cantar na mesma região que ele canta, entender como ele formula as palavras".
Além disso, o ator se dedicou a um estudo minucioso dos movimentos e trejeitos de Ray, mergulhando nas camadas mais ocultas de sua personalidade. Ele explorou o orgulho do artista, sua vulnerabilidade e a constante luta com seus próprios demônios – aspectos que, segundo ele, definem tanto a complexidade quanto o brilho singular do artista.
Essa profundidade emocional é acompanhada por uma trilha sonora igualmente poderosa. Com 20 canções executadas ao vivo no idioma original, a produção revive clássicos como “Hit the Road Jack” e “Georgia on My Mind”. Sob a direção musical de Claudia Elizeu e André Muato, a equipe buscou preservar a energia única e o swing inconfundível que definem o legado de Charles, trazendo ao palco a mesma intensidade que o transformou em um verdadeiro ícone.
Mello revela que o espetáculo abre com uma cena de grande intensidade emocional: após o funeral do pai, Ray Charles Jr. desperta em uma madrugada solitária, encontrando com o fantasma de Ray em uma espécie de purgatório emocional. A partir daí, pai e filho revisitam seu passado em uma sequência de flashbacks vívidos, confrontando memórias que deixaram marcas profundas.
Entre as cenas mais impactantes, o ator destaca o momento em que Ray relembra sua infância e a tragédia de ver seu irmão mais novo se afogar. Já quase cego, o jovem Ray presencia o horror sem poder agir. “E onde é que estava a mãe? Está trabalhando”, descreve o ator, ressaltando o trauma e peso que definiriam tanto o homem quanto o artista.
Para dar vida a essa complexidade, a produção conta com um elenco forte. Sidney Santiago Kuanza, Abrahão Costa, Luiz Otávio — que faz sua estreia como pianista cego no teatro — e Flávio Bauraqui representam Ray Charles em diversas fases de sua vida. Letícia Soares assume o papel de Della Beatrice Howard Robinson, a segunda esposa do artista. Completando o time, o coro, inspirado nas icônicas Raelettes, é formado pelas talentosas vozes de Luci Salutes, Lu Vieira e Roberta Ribeiro.
Com cenários criados por Gustavo Greco e figurinos de Karen Brusttolin, o espetáculo transporta o público entre Los Angeles dos anos 50 e o tumultuado mundo interior do artista. Quer saber mais sobre essa jornada fascinante? Assista a entrevista completa:
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