A Noite Em Que o Mundo Testemunhou o Canto Final da Rainha do Soul
Desde os 18 anos, Aretha Franklin passou a ser conhecida por um título que faz jus a ela dali em diante: A Rainha do Soul. Sua voz foi tão marcante que, em 1985, o governo do estado de Michigan considerou-a um recurso natural oficial. Ela não apenas tinha uma extensão gigantesca – quase quatro oitavas – e um timbre único, como possuía o poder de transmitir sinceridade e arrepiar o público com a força de suas canções de protesto, baladas românticas ou hinos religiosos.
Era uma intérprete estrondosa, que sempre foi além de atributos físicos ou técnicos, mas ultrapassava barreiras metafísicas, rompendo fronteiras entre gêneros musicais que reproduziam a segregação racial prevalecente na sociedade norte-americana na época, como no soul, rock, ópera, country, jazz, R&B e gospel.