Revista TIME nomeia os 10 melhores álbuns de 2022
Beyoncé, Saya Gray e Rosalía estão entre os selecionados
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Conhecida por seus rankings anuais, a Revista TIME divulgou, no último domingo (20/11), sua lista dos dez melhores discos lançados neste ano. Como um todo, os críticos exaltaram o caráter inovador das obras, enfatizando as produções que se encaixam em mais de uma categoria de gênero e tema. Confira a lista completa:
10. Motomami, de Rosalía
A cantora espanhola teve um bom ano: lançou seu terceiro álbum de estúdio, se apresentou no Brasil pela primeira vez e retornará em 2023 como uma das atrações do Lollapalooza.
Seu sucesso está intimamente relacionado com o álbum em questão. Depois de ser lançado, conquistou o reconhecimento de diversos críticos musicais e ocupou os topos das paradas em ao menos sete países diferentes.
No decorrer da obra, Rosalía brinca com diferentes gêneros musicais, e, com isso, produziu algo completamente inovador. Para a Revista TIME, a artista “saiu totalmente da caixa, levanto sua capacidade criativa ao limite absoluto”.
9. You Can’t Kill Me, de 070 Shake
O segundo álbum de estúdio da rapper e cantora norte-americana Danielle Balbuena, também conhecida como 070 Shake, foi nomeado por sua “potência vocal”, “transcendência de categorização” e “letras firmes, mas também sensíveis”.
De acordo com a revista, a compositora apresenta um projeto diferente do seu primeiro lançamento, mas com o mesmo impacto lírico. “Em meio a batidas pesadas e sintetizadores, Shake retorna às suas contemplações usuais: as adversidades e alegrias da vida, os altos e baixos do amor”, explica.
8. Mr. Morale & The Big Steppers, de Kendrick Lamar
O quinto álbum de estúdio do rapper norte-americano é uma resposta honesta e ponderada às expectativas nele depositadas. Como colocam os críticos da TIME, “em sua década no centro das atenções, Kendrick Lamar acumulou uma reputação quase messiânica – ele é o vencedor do Pulitzer, autor de cantos em prol dos direitos civis, herdeiro de Tupac destinado a carregar ... o mundo em seus ombros.”
A construção musical e os temas explorados refletem um compositor em conflito consigo mesmo. Lamar aborda assuntos polarizantes, como ansiedade, cancelamento, paternidade e transgeneridade, de maneira corajosa.
7. Big Time, de Angel Olsen
A cantora e compositora estadunidense Angel Olsen lançou, em 2022, seu sexto álbum de estúdio. Nele, mergulha sem medo em sua própria intensidade e processa seus sentimentos.
Os autores da TIME explicam: o disco foi gravado logo depois da morte dos pais da cantora. Por isso “trata de grandes emoções, grandes arranjos musicais, grandes vocais, grandes temáticas de amor, perda, depressão e perseverança.”
6. Electricity, de Ibibio Sound Machine
Descrito pela TIME como um “pop combustível”, ‘Electricity’ traz a vocalista Eno Williams cantando em Ibibio, idioma nativo do povo de mesmo nome que vive na Nigéria.
O ritmo dançante, as trocas culturais e as construções sonoras de auges e quedas da obra são alguns dos pontos destacados pelos críticos musicais.
5. It’s Almost Dry, de Pusha T
A Revista Time se refere ao quarto álbum de estúdio do rapper norte-americano Pusha T como “uma epopeia gangster imersiva brutal, mas também uma sondagem estilosa, materialista e psicologicamente”.
Mergulhado em referências próprias, o trabalho conta com a participação de produtores respeitados como Pharrell Williams e Kanye West.
4. Chloe and the Next 20th Century, de Father John Misty
No mundo do folk rock contemporâneo, Josh Tillman, ou Father John Misty, é lembrado por constantemente entregar composições polarizantes. Porém, diferentemente de projetos passados ambicioso, ele se afasta de seu lado teatral e épico no seu quinto álbum de estúdio.
Na visão da TIME, “se inspirando em elementos como big band, bossa nova e trilhas sonoras da época dourada de Hollywood, o disco é uma rica e nobre história que traz narrativas vintages e ficcionais para as canções.”
3. Reinassance, de Beyoncé
Fortemente aguardado e aclamado, o sétimo álbum de estúdio da Beyoncé foi um marco para a dance music. Em uma celebração de gêneros de música negra e queer como disco, house e ballroom, a artista canta sobre liberdade, alegria e exploração.
“São poucos os artistas que podem lançar um álbum tão tarde e ainda assim comandar a ‘música do verão’ junto de todas as pistas de dança, mas, como ela mesma nos conta em ‘Alien Superstar', Beyonce é e sempre será aquela garota”, resume o artigo.
Dito e feito: logo após seu lançamento, todas as 16 músicas do LP ocuparam diferentes posições no Billboard Hot 100. O disco completo também estreou no topo da Billboard 200.
2. 19 Masters, de Saya Gray
O primeiro álbum de disco da canadense Saya Gray chamou a atenção dos analistas musicais por uma gama de fatores: dos áudios falados e ideias não concretizadas aos toques sutis da guitarra, é um trabalho experimental e ousado.
“Na sua estrutura dispersa e descabelada, existe algo envolvente a ser encontrado em todo canto melódico, seja na sua segunda ou décima escuta”, colocam os escritores.
1. Um Verano Sin Ti, de Bad Bunny
O artista porto-riquenho Bad Bunny levou o topo com seu quarto álbum de estúdio pelo seu “apelo universal”. Em quase uma hora e meia de música, ele viaja por diversos gêneros musicais - reggaeton, merengue, cumbia e techno são apenas alguns deles. Seu coração partido pode ser o tema central da obra, mas isso não anula os tributos e intervenções que Benito faz em nome da sua terra natal.
Por isso, a Revista Time classifica que “escutar esse álbum, se permitir mover e se mobilizar por ele é um ato de desafio, celebração e amor radical”.
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Escrito por Hadass Leventhal
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