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Rússia e EUA veem esboço de Istambul de 2022 como possível base para acordo com Ucrânia, diz Kremlin

Placeholder - loading - Vista de Moscou  23/2/2025   REUTERS/Maxim Shemetov
Vista de Moscou 23/2/2025 REUTERS/Maxim Shemetov
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Por Dmitry Antonov e Mark Trevelyan

MOSCOU (Reuters) - A Rússia e os Estados Unidos veem os esboços de acordos discutidos por Moscou e Kiev nas primeiras semanas da guerra como uma possível base para um acordo de paz na Ucrânia, disse o Kremlin nesta sexta-feira, embora o presidente da Ucrânia os tenha rejeitado anteriormente como inaceitáveis.

Os documentos preliminares -- discutidos em conversas em Istambul no final de março de 2022 -- teriam obrigado a Ucrânia a desistir de suas ambições na Otan e aceitar o status de neutralidade permanente e livre de armas nucleares, em troca de garantias de segurança dos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França -- os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Mas os dois lados discordaram sobre exigências russas, que incluíam o direito de veto sobre as ações dos Estados garantidores para ajudar a Ucrânia no caso de um ataque.

'Houve negociações... o que eu chamaria de negociações convincentes e substanciais, enquadradas em algo que é chamado de acordo do protocolo de Istambul', disse o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, à CNN no mês passado.

'Chegamos muito, muito perto de assinar algo, e acho que usaremos essa estrutura como um guia para chegar a um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia.'

Questionado sobre a posição da Rússia em relação ao esboço de Istambul, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou aos repórteres na sexta-feira:

'Em Washington, também ouvimos declarações de que isso poderia se tornar uma base, um ponto de partida para as negociações. E, é claro, o presidente (Vladimir) Putin disse que as negociações poderiam ter os Acordos de Istambul como ponto de partida.'

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhii Tykhyi, disse na semana passada que Kiev não havia recebido nenhuma proposta dos EUA para usar os documentos de Istambul como base para as negociações de paz.

Em dezembro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou a abordagem de Istambul, descrevendo-a como um ultimato que exigia a rendição de seu país.

A pressão acelerada do presidente Donald Trump para melhorar os laços dos EUA com a Rússia e pôr um fim rápido à guerra de três anos aumentou os temores em Kiev e entre seus aliados europeus de que os interesses da Ucrânia poderiam ser sacrificados.

Esses temores se intensificaram na semana passada, depois que Trump repreendeu Zelenskiy em um amargo confronto na Casa Branca e, em seguida, suspendeu a ajuda militar e o compartilhamento de informações dos EUA com Kiev.

Entre outros pontos de discordância nas negociações de 2022 estava a exigência da Rússia de cortes profundos no tamanho das Forças Armadas da Ucrânia e no número de seus tanques, mísseis, aviões de guerra e outras armas.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos EUA, escreveu em uma análise no mês passado que os termos do rascunho do protocolo de Istambul teriam deixado a Ucrânia incapaz de se defender contra qualquer ameaça futura da Rússia.

(Reportagem de Dmitry Antonov em Moscou, Mark Trevelyan em Londres e Yuliia Dysa em Gdansk)

Escrito por Reuters

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