Saiba quais os cuidados essenciais com as máscaras de tecido
A regular higienização das mãos antes e depois de manusear a peça é fator fundamental da eficácia dessas máscaras de proteção facial que são rigorosamente proibidas por profissionais da saúde em ambie
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A máscara facial de tecido se tornou utensílio obrigatório na maioria das cidades brasileiras e é cada vez mais comum encontrar pessoas usando a peça pelas ruas, transportes públicos e estabelecimentos comerciais.
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Entretanto, a bioquímica e coordenadora da área de qualidade do IBCC Oncologia, Telma de Bellis Kühn, destaca para o fato de ficarmos atentos a uma espécie de falsa sensação de segurança. “Às vezes, ao usarmos a máscara de proteção facial de tecido, deixamos de seguir ações bem mais efetivas como: praticar o distanciamento físico; fazer a higiene das mãos regularmente; e ter a chamada ‘etiqueta respiratória’ iniciativa em que a pessoa cobre com a parte interna do cotovelo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar”, diz Telma ao ressaltar a importância desses três cuidados essenciais.
Segundo a coordenadora, não temos como prever todas as situações para utilização das máscaras de tecido, porém existem alguns cuidados já normatizados pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que são muito importantes de serem seguidos.
As máscaras de proteção facial são comumente utilizadas como uma das barreiras contra a possibilidade de contrair a Covid-19, sendo assim se deduz ou se imagina, que o utensílio pode estar ou ser contaminado na parte externa, por isso o recomendado é não tocar na peça, mas se tocar é preciso higienizar bem as mãos antes de qualquer outra ação. “O ideal é que enquanto estiver usando uma máscara de tecido a pessoa não toque na peça e que seja de uso individual. Se tocar e não for mais usá-la, lave bem as mãos, reserve a máscara, imediatamente, em um envelope de papel ou saco plástico com furos, higienize bem as mãos novamente e proceda com a substituição, intercalando com outra unidade de máscara”, diz a bioquímica. Além disso, a especialista lembra “ao falarmos sobre o manuseio da máscara de proteção facial é preciso ressaltar que sempre devemos fazê-lo pelas laterais, ou seja, usando laços, fitas ou elásticos que fixam a peça atrás da orelha”, explica.
Telma diz que o ajuste inadequado de uma máscara pode colocar a eficácia da barreira em risco. Por isso, recomenda que após prender as alças laterais da máscara o usuário faça o ajuste na parte de cima da peça. “Na área em que contém um material flexível, localizado próximo ao osso das narinas, deve ser feito o ajuste para que a máscara fique firme e justa ao formato do nariz, além disso, a adequação deve ser de maneira que o queixo seja totalmente coberto”, esclarece.
Outra informação importante é que a máscara de tecido deve ser trocada quando estiver úmida ou seguir a recomendação de substitui-la após o uso por até 2 horas seguidas. Se for preciso guardar a máscara por alguns minutos e depois voltar a utilizá-la é necessário antes de tudo higienizar as mãos, reservar a peça em um local limpo e seguro, como dentro de um envelope de papel ou saco plástico e lavar bem as mãos outra vez.
O médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do hospital e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Dr. Marcos Antonio Cyrillo, frisa que as máscaras de tecido podem ser usadas como método de barreira. “O tecido reduz a eliminação de gotículas e os números mostram que os países em que o uso de máscaras de tecido é mais frequente, como o Japão, houve menos casos do novo coronavírus”, ressalta o doutor.
Cyrillo, lembra que ainda faltam estudos técnicos que garantam a efetividade do utensílio caseiro. Embora compreenda a recomendação feita, pelo então Ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, no início de abril, o infectologista alerta para a falta de evidências que comprovem a eficiência desses equipamentos. Vale destacar que em ambiente hospitalar ou serviços de saúde é rigorosamente proibido o uso de máscaras de tecido.
Veja as orientações dos especialistas do IBCC Oncologia quando for colocar ou retirar a máscara de tecido:
Uma boa higienização das mãos com água e sabão;
Se as mãos estiverem limpas use álcool em gel para assepsia;
O manuseio sempre deve ser feito pelas laterais das máscaras;
Coloque a máscara de maneira que possa cobrir boca e nariz;
Amarre-a de modo a reduzir o espaço entre o rosto e a máscara.
Quanto à limpeza das máscaras de tecido os profissionais do hospital recomendam o seguinte passo a passo:
Em um balde, misture 1 litro de água com 4 colheres (sopa) de detergente e 1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio. Em seguida, mergulhe a máscara, lave, esfregue bem e enxague;
Em outro recipiente, adicione 1 litro de água e 2 colheres (sopa) de água sanitária. Coloque a máscara e deixe de molho por 20 minutos;
Para finalizar, enxague e deixe secar ao ar livre.
Vale destacar que a efetividade da lavagem das mãos só se completa quando ela se repete a cada intervalo entre procedimentos e ou atividades. Por mais cansativo que isso possa se tornar, é uma regra de ouro quando se trata de evitar a COVID-19. Leia as orientações dos profissionais do Hospital sobre a correta higienização das mãos:
Use a quantidade de sabão suficiente para que a espuma cubra toda a superfície das mãos (lembre-se de tirar os anéis);
Dedique 15-20 segundos ao ato de esfregar as mãos;
Capriche na limpeza do espaço entre os dedos; esfregue também o dorso e o punho;
Em ambientes coletivos, seque com toalha descartável;
Se a torneira não for automática, use a tolha de papel para fechá-la, ou lave também a torneira antes de lavar as mãos;
É necessário manter unhas aparadas e, de preferência, sem esmaltes, pois sempre haverá a possibilidade de germes se alojarem em espaços menos acessíveis, dificultando a ação dos produtos desinfetantes;
É aconselhável evitar o uso de adereços como anéis e relógios. Nesses objetos se instalam resíduos, e, entre eles, potencialmente, vírus como os da COVID-19.
Vale também ter sempre à mão álcool gel para fazer a limpeza quando não houver outros meios à disposição.
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