Stellantis revela nova plataforma de veículos de olho em transição para carros elétricos

MILÃO (Reuters) - A Stellantis revelou nesta quarta-feira sua nova plataforma de veículos 'STLA Medium', parte de uma série que servirá de sustentação para todos os futuros modelos fabricados pela montadora.

A Stellantis, quarta maior montadora do mundo em vendas, foi formada no início de 2021 por meio da fusão da Fiat Chrysler e da fabricante Peugeot PSA. A empresa vendeu cerca de 6 milhões de veículos no ano passado.

A companhia tem planos de transferir todos os seus produtos futuros para quatro novas plataformas BEV (sigla em inglês para veículo elétrico a bateria): STLA Small, Medium, Large e Frame. A expectativa é que o processo comece com a STLA Medium, a primeira das quatro bases, este ano na Europa.

'O plano é que a STLA Medium seja fabricada em muitos países: França, Itália, Alemanha e, depois, na América do Norte em diferentes locais', disse o presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares. Outros locais podem ser incluídos posteriormente, acrescentou ele.

O grupo disse nesta quarta-feira que todas as suas novas plataformas foram projetadas com provisões para futuras químicas de baterias, incluindo baterias sem níquel e cobalto e de estado sólido.

A plataforma STLA Medium suportará várias configurações de propulsão; na configuração totalmente elétrica, terá um alcance padrão de mais de 500 quilômetros, que pode ser aumentado para até 700 quilômetros com um 'pacote de desempenho'.

A Stellantis disse que atualmente oferece 26 modelos nos segmentos de mercado que serão atendidos pela plataforma STLA Medium.

Destinada aos carros médios, a plataforma STLA Medium será a base para até dois milhões de veículos Stellantis por ano, construídos em várias fábricas em todo o mundo, informou o grupo ítalo-francês em comunicado.

A Stellantis, cujas marcas também incluem Jeep, Ram, Alfa Romeo, Citroën e Opel, tem planos para que 100% de suas vendas de automóveis de passageiros na Europa e 50% de suas vendas de automóveis de passageiros e caminhões leves nos Estados Unidos sejam de veículos elétricos a bateria até 2030.

(Reportagem de Giulioo Piovaccari)