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SULTANS OF SWING: DE UMA NOITE EM UM PUB COM MÚSICA RUIM AO ESTRELATO MUNDIAL

Conheça a história da canção composta por Mark Knopfler, o qual completa 75 anos hoje

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Sultans of Swing é uma dessas canções que entrou para a história do rock e, 46 anos depois de seu lançamento, continua extremamente popular e relevante no cenário musical. Constituindo-se como uma fusão de elementos do rock, blues, jazz e folk – a prova de que o rock não era um gênero estanque – ela tem um riff característico e diferenciado, um exemplo perfeito da técnica inusitada que Mark Knopfler desenvolveu na guitarra. E, inclusive, o cenário retratado na canção foi vivenciado pelo vocalista e guitarrista da banda, que a compôs logo após o momento vivido.

Mark, que na época tinha 28 anos, havia saído de casa para tomar uns “pints”, ou copos de cerveja, em uma noite chuvosa em Londres. À época, o baixista John Illsley, que dividia o apartamento com Mark e seu irmão David, revelou que os três mal conseguiam pagar a conta de gás. Inclusive, foi essa situação financeira que originou o nome “Dire Straits”, que significa algo como “estar em tremenda dificuldade”.

Então, ao avistar um pub vazio, Knopfler entrou e assistiu a uma banda de jazz que tocava no local. O curioso era, justamente, o nome desse grupo. “Os Sultans of Swing eram apenas uma pequena banda de jazz de Dixieland que estava tocando em um pub uma noite em que eu estava, em Deptford, que é uma parte muito decadente do sul de Londres”, disse Knopfler, à rádio de rock Ultimate Classic Rock Nights.

Ele também lembrou que o guitarrista no palco naquela noite realmente se chamava George, como na música, e acrescentou: “Acho que eles ficaram realmente surpresos por terem uma plateia de três ou quatro.” Dentre as pouquíssimas pessoas presentes, Mark era o único que prestava atenção no grupo e, inclusive, pediu algumas músicas à banda.

“Lembro-me de pedir para eles tocarem 'Creolo Love Call' ou 'Muskrat Ramble'. Acho que eles ficaram surpresos que alguém estivesse no pub e realmente conhecesse alguns dos títulos.”, completou.

Dando uma dica do que poderia estar errado com a apresentação do Sultans of Swing, Knopfler disse: "O problema com muito dessa coisa de Dixieland é que eles tocam todos aqueles solos de Louis Armstrong, e esse não é realmente o ponto."

Então, no encerramento da apresentação, ele conta que o provável trompetista disse “Bem, hum, certo... É isso; é hora de ir para casa.'E ele diz: 'Nós somos os sultões do swing'. E você não poderia ser menos sultão de nada, sabe, se estivesse naquela banda, naquela noite, naquele pub", Knopfler riu.


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O Dire Straits em 1978

O que poderia ter finalizado em uma noite mediana com música ruim foi a semente da ideia da música que mudaria para sempre a vida desses três homens que dividiam um apartamento e formaram uma banda. Inicialmente, a canção 'Sultans of Swing', lançada em maio de 1978, não causou grande repercussão na Grã-Bretanha. Contudo, o sucesso da banda começou a se desenrolar de forma surpreendente. O álbum de estreia, lançado no mesmo ano, obteve vendas tímidas em seu país de origem, mas rapidamente conquistou o público holandês, sendo certificado como disco de ouro.

Repercussão da música

"Recebi um telefonema da gravadora dizendo que tínhamos vendido 25.000 álbuns", lembra Illsley, à revista Louder. "Então foi para os Estados Unidos e decolou lá. As estações de rádio começaram a tocar Sultans Of Swing como loucas. E como a América o pegou, ele voltou para o Reino Unido e foi relançado novamente, o que foi realmente peculiar. Começou a se espalhar como um incêndio."

No início de 1979, o single "Sultans of Swing" alcançou o Top 10 dos charts tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, impulsionando as vendas do álbum de estreia da banda. A estética descomplicada, a composição atemporal e a voz característica de Mark Knopfler, que evocava a sonoridade de artistas como JJ Cale e Bob Dylan, contribuíram para o sucesso estrondoso do disco, com mais de sete milhões de cópias vendidas.

A ascensão meteórica de Knopfler o consagrou como o maior guitarrista britânico desde Eric Clapton, e sua reputação o levou a colaborar com Bob Dylan no álbum "Slow Train Coming", ao lado do baterista Pick Withers. O Dire Straits, por sua vez, consolidou-se como uma das bandas britânicas de maior sucesso dos anos 80, acumulando mais de 120 milhões de discos vendidos e diversos prêmios Grammy e Brit Awards antes de encerrar suas atividades em 1992.

“Eu acho que você poderia dizer que Sultans Of Swing foi a música que deu início a tudo”, reflete Illsley, à Louder. “Teve um impacto enorme. Esses são os catalisadores que te fazem seguir em frente pela vida. As pessoas disseram que tivemos sorte, mas eu digo: 'Bem, o que significa sorte?' O fato é que era uma música muito boa, a banda era muito boa e nós trabalhamos muito duro. E a única maneira de você chegar a algum lugar é se comprometendo. Então, se algo assim acontece com você, é fantástico. Cara, foi emocionante!”

Já no dia 13 de julho de 1985, o Dire Straits subiu ao palco do Estádio de Wembley como parte do Live Aid , tocando para uma audiência global de TV que atingiu a incrível marca de 1,9 bilhão. Em seu intervalo entre U2 e Queen , eles começaram com Money For Nothing (junto com Sting), e então veio uma versão épica da música que os tornou superstars: Sultans Of Swing .


Veja também:

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM MARK KNOPFLER

MONEY FOR NOTHING E A IRONIA DA FAMA

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Últimas Notícias

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LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

Lady Gaga fez história no Coachella 2025 com um espetáculo que mais parecia uma ópera pop moderna: teatral, dividido em cinco atos e com estética gótica. As apresentações nos dias 11 e 18 de abril foram marcadas pela estreia ao vivo de músicas do álbum Mayhem, além de clássicos como “Poker Face”, “Born This Way” e “Bad Romance”.

Mas se o tempo de palco no festival americano foi limitado a 90 minutos, os fãs brasileiros podem se preparar para um programa bem mais amplo no show gratuito em Copacabana, neste sábado (3 de maio). A expectativa é de que a performance de Lady Gaga no Rio de Janeiro dure até 2h30, com inclusão de músicas que ficaram de fora do set original, como sucessos de Chromatica, Artpop e Joanne.

Como foi o show no Coachella

Com coreografia de Parris Goebel e direção artística repleta de simbolismos visuais, Gaga apresentou um roteiro em cinco blocos distintos, alternando momentos de tensão, euforia, introspecção e catarse.

Uma experiência em cinco atos

Confira a setlist completa do Coachella, com a origem de cada música:

Ato I – Of Velvet and Vice

Ato II – And She Fell Into a Gothic Dream

Ato III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name

Ato IV – To Wake Her Is to Lose Her

Finale – Eternal Aria of the Monster Heart

Essa estrutura foi mantida em ambas as apresentações no festival, com pequenas variações em elementos visuais e interações com o público. Por exemplo, na primeira apresentação, Gesaffelstein, produtor e DJ francês conhecido por sua estética sombria e minimalista no techno e electro, participou ao vivo da performance de “Killah”. A música faz parte do novo álbum da cantora, Mayhem, e é uma colaboração entre os dois artistas.

Elementos Teatrais e Visuais

A ópera pop tem direção criativa de Parris Goebel, conhecida por seu trabalho com artistas como Rihanna e Doja Cat, e incorporou elementos teatrais, como mudanças de figurino dramáticas, cenários góticos e coreografias elaboradas, criando uma experiência imersiva para o público.

Destaques visuais incluíram uma batalha de xadrez encenada durante "Poker Face", onde os dançarinos representavam peças do jogo, e a transformação do palco em um cenário verdejante durante "Garden of Eden", com Gaga tocando guitarra.

O que esperar do show no Rio de Janeiro?

Para a apresentação gratuita na praia de Copacabana, Lady Gaga deve manter o núcleo teatral de Mayhem, mas há grande expectativa por um show mais longo e afetivo. Com liberdade de tempo e público local engajado, faixas como:

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