NOTÍCIAS SOBRE calor

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), instituição da Organização das Nações Unidas (ONU), informou nesta quarta-feira (19) que 2024 foi o ano mais quente em 175 anos de registros científicos. As temperaturas confirmaram que o ano passado foi o primeiro a superar em 1,5 °C a marca pré-industrial (1850-1900).

“Embora um único ano de aquecimento superior a 1,5 °C não indique que os objetivos de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris estejam fora de alcance, é um sinal de alerta de que estamos aumentando os riscos para as nossas vidas, economias e para o planeta”, alertou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

A Defesa Civil de São Paulo renovou o alerta para altas temperaturas em todo o estado até o próximo domingo (9). Na capital, a temperatura pode chegar aos 31°C. Já nas regiões de Presidente Prudente e Marília, os termômetros podem alcançar os 37°C.

Apesar do calor intenso e da sensação de abafamento, não estão descartadas pancadas de chuva isoladas, que podem vir acompanhadas por queda de raios, granizo e rajadas de vento.

A cidade de São Paulo registrou a temperatura mais alta para março desde 1943, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) iniciou a medição na região. Os termômetros chegaram a 34,8 graus Celsius (ºC) no último domingo (2), acima da média do mês, que é de 28ºC.

O recorde anterior era do dia 16 de março do ano passado, quando a máxima atingiu os 34,7ºC.

O Centro Paula Souza autorizou que Etecs (Escola Técnica Estadual) e Fatecs (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) convertam as aulas presenciais em remotas até o dia 1º de março.

Um memorando enviado na última sexta-feira (21) cita “a intensa onda de calor que afeta o estado de São Paulo, em decorrência das mudanças climáticas globais, e os alertas emitidos por órgãos meteorológicos sobre a previsão de temperaturas excepcionalmente elevadas”.

Por Rodrigo Viga Gaier e Aline Massuca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em meio a uma onda de calor extremo na cidade do Rio de Janeiro, um problema em uma adutora de uma concessionária deixou sem água moradores de 36 bairros onde vivem quase um milhão de pessoas.

A cidade de São Paulo registrou a maior temperatura do ano nesta segunda-feira (17), quando a máxima média chegou a 34,2ºC, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. O recorde anterior era de 22 de janeiro, quando os termômetros chegaram aos 33,6ºC.

Nesta terça-feira (18), a previsão é de máxima de 35ºC e índices de umidade em torno dos 30%. O calor intenso e a chegada da brisa marítima favorecem a ocorrência de pancadas isoladas de chuva, principalmente entre o fim da tarde e o início da noite. Em alguns pontos, a intensidade pode ser de moderada a forte, com raios e rajadas de vento.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), emitiu um Boletim Meteorológico Especial alertando para a elevação das temperaturas até a próxima quarta-feira (19). A previsão indica a atuação de uma massa de ar quente, que aumentará a sensação de calor e abafamento em diversas regiões do estado.

As temperaturas máximas devem atingir 38°C na Região de Itapeva e Vale do Ribeira, 36°C na Baixada Santista e nas Regiões de São José dos Campos, Araçatuba, Marília e Presidente Prudente, 35°C no Litoral Norte e nas Regiões de Bauru e Araraquara, 34°C no Vale do Paraíba e nas Regiões de Presidente Prudente, Barretos e Franca, e 33°C na Região Metropolitana da Capital Paulista e nas Regiões de Sorocaba e Campinas.

Recomendações

O mês de janeiro terminou com os termômetros 1,75 grau Celsius (°C) acima do nível pré-industrial, de acordo com o Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia. Trata-se de um recorde de calor, 0,79°C acima da média de 1991-2020 para o período, com temperatura do ar na superfície de 13,23ºC.

“Janeiro de 2025 é outro mês surpreendente, continuando as temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar do desenvolvimento das condições de La Niña no Pacífico tropical e seu efeito de resfriamento temporário nas temperaturas globais”, disse Samantha Burgess, líder estratégica para o clima do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF, na sigla em inglês).

A cidade de São Paulo registrou a tarde mais quente de 2025 nesta terça-feira (21). De acordo com o monitoramento da Defesa Civil do estado, os termômetros marcaram 34,5ºC por volta das 15h. Em Santos, no litoral sul, a temperatura chegou aos 38ºC.

A orientação é manter a hidratação, evitar exposição direta ao sol entre 10h e 16h, procurar locais com sombra e ventilação e não praticar atividades físicas intensas nos horários mais quentes do dia.

PEQUIM (Reuters) - Dados meteorológicos chineses mostram que 2024 foi o ano mais quente para o país desde o início dos registros comparáveis há mais de seis décadas, o segundo ano consecutivo que recordes foram quebrados.

A temperatura média nacional foi de 10,92 graus Celsius em 2024, mais de 1 grau acima de 2023, segundo o weather.com.cn, portal administrado pela Administração Meteorológica da China.

2024 será o ano mais quente da história, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (09) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia.

Este também deve ser o primeiro ano a registrar temperaturas médias globais 1,5ºC acima do período pré-industrial, de 1850 a 1900. A marca é parte do Acordo de Paris, firmado na conferência da ONU sobre o clima em 2015.

Por Helen Reid

LONDRES (Reuters) - Trabalhadores de alguns dos maiores centros de produção de vestuário do mundo em Bangladesh, Vietnã e Paquistão estão cada vez mais expostos ao calor extremo à medida que a mudança climática aumenta as temperaturas, segundo um relatório divulgado no domingo, um problema que os varejistas e as marcas multinacionais terão que ajudar a resolver.