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Tanques israelenses se posicionam em hospital de Gaza, enquanto Biden quer ação “menos intrusiva”

Placeholder - loading - Recém-nascidos são colocados em cama após serem retirados de incubadoras no hospital Al Shifa, de Gaza, após queda de energia 12/11/2023 Imagem obtida pela REUTERS
Recém-nascidos são colocados em cama após serem retirados de incubadoras no hospital Al Shifa, de Gaza, após queda de energia 12/11/2023 Imagem obtida pela REUTERS

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Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Tanques israelenses avançaram nesta segunda-feira às portas do principal hospital da Cidade de Gaza, um dos principais alvos da batalha de Israel contra o Hamas, enquanto o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que hospitais precisam ser protegidos e que espera por ações menos intrusivas por parte de Israel.

Paralelamente, o braço armado do grupo militante palestino disse que estava pronto para libertar até 70 mulheres e crianças mantidas em Gaza, em troca de uma trégua de cinco dias na guerra que começou com o ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidr, que estava dentro do hospital Al Shifa, disse que 32 pacientes morreram nos últimos três dias, incluindo três bebês recém-nascidos, por causa do sítio ao hospital no norte de Gaza e pela falta de energia.

Pelo menos 650 pacientes ainda estavam dentro do hospital, desesperados para serem transferidos para outra instalação médica.

Israel afirma que o hospital está localizado em cima de túneis que abrigam um quartel-general para soldados do Hamas, usando pacientes como escudos, o que o Hamas nega.

“Os tanques estão em frente ao hospital. Estamos sob um bloqueio total. É uma área totalmente civil. Apenas… pacientes hospitalares, médicos e outros civis dentro do hospital. Alguém deveria parar isso”, afirmou um cirurgião do hospital, Ahmed El Mokhallalati, por telefone. “Mal estamos sobrevivendo.”

Em seus primeiros comentários desde os eventos do fim de semana, incluindo as mortes relatadas de pacientes no hospital Shifa, Biden afirmou que os hospitais precisam ser protegidos.

“Minha esperança e expectativa é de que haja uma ação menos intrusiva em relação aos hospitais e continuamos em contato com os israelenses”, disse Biden a repórteres na Casa Branca. “E também há essa tentativa de conseguir essa pausa para lidar com a libertação de prisioneiros, e isso está sendo negociado também com os catarianos”, acrescentou.

“Então, eu continuo um pouco esperançoso, mas hospitais precisam ser protegidos.”

Israel lançou sua campanha mês passado para aniquilar o Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, após homens armados do Hamas invadirem o sul israelense para matar civis. Pelo menos 1.200 pessoas foram assassinadas naquele ataque e 240 foram arrastadas para Gaza como reféns, segundo contagem de Israel.

Desde então, milhares de pessoas em Gaza foram mortas e dois terços da população foram desabrigados pela campanha militar israelense. Israel ordenou a retirada de pessoas da metade norte da Faixa de Gaza.

Autoridades médicas de Gaza dizem que mais de 11.000 pessoas foram mortas. Cerca de 40% delas eram crianças.

Israel afirma que hospitais do Hamas servem como instalações militares, e o exército israelense publicou nesta segunda-feira vídeos e fotos do que diz serem armas do grupo guardadas no porão do hospital pediátrico Rantissi, especializado no tratamento do câncer.

REFÉNS POR UM CESSAR-FOGO?

O Al-Qassam Brigades, braço armado do Hamas, publicou uma gravação de áudio em seu canal de Telegram dizendo que o grupo estava pronto para libertar alguns reféns em troca de um cessar-fogo de cinco dias, uma proposta que Israel dificilmente aceitará.

“O inimigo pediu a libertação de 100 mulheres e crianças de seus cativeiros em Gaza, mas dizemos aos mediadores que, por uma trégua de cinco dias, podemos soltar 50 delas e o número pode chegar a 70 devido à dificuldade dos reféns, que estão mantidos por facções diferentes”, disse o porta-voz da Al-Qassam Brigades, Abu Ubaida, referindo-se ao pedido de Israel.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse a repórteres que Washington “gostaria de ver pausas bem mais longas -- dias, não horas -- no contexto da libertação de reféns”.

Israel, que efetivamente bloqueia Gaza, rejeitou um cessar-fogo, argumentando que o Hamas simplesmente o usaria para se reagrupar, mas permitiu breves “pausas” humanitárias que favoreceram o fluxo de alimentos e de outros bens, além da saída de estrangeiros da região.

HOSPITAL NO CORAÇÃO DAS BATALHAS

No Al Shifa, o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Qidra, disse que atiradores de elite e drones israelenses estavam atirando contra o hospital, tornando impossível que médicos e pacientes se locomovessem.

Israel ordenou que civis fossem embora e que os médicos enviassem os pacientes para outro lugar. Disse que tentou retirar bebês da ala neonatal e que deixou 300 litros de combustível para alimentar os geradores de emergência na entrada do hospital, mas que as propostas foram bloqueadas pelo Hamas.

(Reportagem de Nidal al-Mughrabi em Gaza, Dan Williams em Jerusalém e redações da Reuters; texto de Peter Graff, Toby Chopra e Arshad Mohammed)

Escrito por Reuters

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