TBT: Há 44 anos Supertramp lançou "Breakfast In America"
Repleto de grandes sucessos, o álbum é um dos cinco mais vendido da história
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Como pode um álbum produzido por gênios que se opunham, dar certo e ser tão bom? O Supertramp consegue responder. Com uma sonoridade sofisticada, de fusão entre Rock e Pop, a banda inglesa marcou a história com seu álbum “Breakfast In América”.
Assim que foi lançado, no dia 29 de março de 1979, quatro singles entraram para as paradas da Billboard: "The Logical Song", "Goodbye Stranger", "Take the Long Way Home" e a canção que dá nome ao projeto, "Breakfast in America". O sexto LP da banda era de tamanha qualidade que, além de conquistar os fãs de Rock, tomou as rádios do mundo todo.
Mesmo com as composições feitas separadamente, Rick Davies e Roger Hodgson decidiram pensar em um tema para a obra. O conceito original era de trabalhar o conflituoso relacionamento entre os mesmos. As mentes desarmônicas, conseguiram criar um disco harmônico.
Entrando em detalhe sobre o projeto e a amizade, Hodgson explicou: "Nós percebemos que algumas músicas realmente pareciam duas pessoas conversando e falando sobre si. Eu poderia ignorar o modo de pensar dele e ele poderia desafiar meu modo de ver o mundo. (...) Nossas vidas são totalmente diferentes, mas eu o amo. Esse contraste é o que faz o mundo e o Supertramp girarem. Minhas crenças são um desafio às dele e as dele são um desafio às minhas".
Os compositores tinham influências musicais distintas, que se complementaram na hora de determinar a cara da banda. Rick Davies tinha raízes fincadas no Blues e Jazz, enquanto Roger Hodgson, o hitmaker nato, tinha uma base no Rock Progressivo, com inclinações para o Pop. Uma das maiores influências dos dois eram os Beatles.
Até na hora de bater o martelo e escolher o nome do álbum, os dois entraram em conflito. Davies queria manter o título “Hello Stranger” mas Hodgson o convenceu a mudar para o título que prevalece até hoje.
Com um ar cômico, o álbum foi interpretado como uma sátira a vida estadunidense. A capa marcante contribuiu para essa crença. Com um foco na atriz Kate Murtagh vestida como garçonete, ela imita a pose da Estátua da Liberdade, só que em vez de uma tocha na mão, está segurando um copo de suco de laranja. A vista da cidade de Nova Iorque por uma janela de avião foi tão aclamada que ganhou o Grammy de Melhor Arte de Álbum.
A banda fez uma parceria com o produtor Peter Henderson para construir um projeto do jeito que os membros idealizaram. Criaram um som maduro com arranjos de base forte, um coro bem trabalhado, intervenções pensadas de guitarras e um piano e saxofone conduzindo os temas.
No auge da criatividade Rick Davies (teclado, vocais e harmônica), Roger Hodgson (guitarra, teclado e vocais), John Helliwell (saxofone, vocais e instrumentos de sopro), Dougie Thomson (baixo) e Bob Siebenberg (bateria) entraram no estúdio The Village Recorder em Los Angeles, para gravar o que seria maior sucesso comercial do grupo.
“Eu sabia que ia ser um álbum gigante”, afirmou Hodgson. “Eu sabia que a nossa hora tinha chegado e se não acontecesse, o grande homem no céu estava brincando com a gente. Senti que tinha que acontecer, pelo simples fato de que nós passamos por tantas dificuldades até aqui”.
No mercado musical, o disco foi um sucesso absoluto. Vendeu mais de 20 milhões de cópias, ganhou quatro certificados de platina e nos Estados Unidos ficou em primeiro lugar na Billboard 200 por seis semanas em 1979. Muitos críticos da época disseram que qualquer canção da coletânea poderia ser um single. E realmente, é verdade!
Contudo, apesar de todo prestígio que o grupo teve, a dupla responsável pelo sucesso não conseguiu manter a convivência e se separou. Gravaram mais um álbum e depois Hodgson saiu para seguir a carreira solo. Ambos nunca mais alcançaram o sucesso que tinham quando trabalhavam juntos.
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