Trump vai impor tarifas retaliatórias a impostos sobre serviços digitais cobrados de empresas dos EUA
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Por Nandita Bose e David Lawder e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que assinará ordem para impor tarifas retaliatórias a países que cobram impostos sobre serviços digitais vendidos por empresas norte-americanas.
Um funcionário da Casa Branca, fornecendo detalhes da ordem, disse que Trump instruiu o governo a considerar ações responsivas como tarifas 'para combater os impostos sobre serviços digitais, multas, práticas e políticas que os governos estrangeiros cobram das empresas americanas'.
'O presidente Trump não permitirá que governos estrangeiros se apropriem da base tributária dos EUA para seu próprio benefício', disse a autoridade.
A ordem orienta o gabinete do Representante de Comércio dos EUA a renovar as investigações sobre impostos que incidem sobre serviços digitais que foram criados durante o primeiro mandato de Trump e a investigar quaisquer outros países que usem um imposto sobre o setor 'para discriminar as empresas americanas', disse a autoridade.
Trump, perguntado na Casa Branca se ele assinará a ordem, disse a jornalistas: 'Nós vamos fazer isso. O que eles estão fazendo conosco em outros países é terrível com o digital, então vamos anunciar isso, talvez hoje.'
Trump disse na semana passada que imporia tarifas ao Canadá e à França por causa de seus impostos sobre serviços digitais, e um informativo da Casa Branca divulgado na ocasião afirmava que 'somente os EUA deveriam ter permissão para tributar as empresas americanas'.
O documento sustenta que Canadá e França usam os impostos para arrecadarem, cada um, mais de US$500 milhões por ano das empresas dos EUA.
'No geral, esses impostos não recíprocos custam às empresas americanas mais de US$2 bilhões por ano. Tarifas recíprocas trarão de volta a justiça e a prosperidade ao sistema distorcido de comércio internacional e impedirão que os norte-americanos sejam enganados', diz o informativo sem dar detalhes.
Escrito por Reuters